Em 15-11-2011
Pensei em dar uma pausa nas postagens por precisar estudar para a Faculdade. Porém, o que me ocorreu hoje fez com que eu desse uma pausa na Faculdade, porque eu já cheguei lá. Quanto ao que aconteceu hoje, talves possa fazê-los chegar um pouquinho mais pertinho de Deus. Lembrando do que me disse um dia meu amigo espiritual, Naziembuique: "tudo pode esperar, o povo não pode esperar, o povo é o que mais importa na seara espírita". Eu não preciso estar na Casa Espírita para socorrer primeiro "o povo", posso e devo fazê-lo em todos os lugares, a todo o momento em que Deus enviar-me a solicitação. Assim Seja!
Pude, finalmente, vencer o meu orgulho e vaidade, um instante breve que me valerá uma eternidade de jubílo e glória. Permiti-me ser a primeira a estender as mãos no sentido da paz. Abraçamos-nos na rua sem parcimônia, coração limpo das ofensas que um dia trocamos no passado, por ignorância aos ensinamentos do Cristo Jesus: "Amará o teu próximo como a si mesmo". Saudamos-nos num desejo mútuo e fecundo de reconciliação.
Encontrei-a no ônibus, trazia sacolas pesadas das compras, uma senhorinha já de idade um pouco avançada, a qual minha filha, ainda pequenininha, três anos, chamavá-a "dona Carne". Naquele instante as lembranças dos tempo em que nos conhecemos, da amizade síncera entre visinhos que se ajudam nas horas difíceis. Lembrei-me das crianças brincando, brigando e novamente brincando, como se aquelas briguinhas não representassem nada diante da vontade de brincarem juntas. Então, senti meu coração pulsar mais intensamente e uma voz perguntou-me: "você é capaz de ajudá-la?". Sim, prontamente respondi. Não sei se ela me permitirá uma aproximação!
Eu já a perdoei e me perdoei do ocorrido. Na verdade, desde que passei a fazer o Evangelho no Lar, estudá-lo com atenção, ouvindo cada palavra que ele diz, eu procurei perdoar a todos os meus inimigos encarnados e desencarnados, independente do que tenham feito a mim. Mesmo porque, a nossa vaidade e orgulho não nos permite ver, muitas vezes que o culpado antes fomos nós. E se não fomos, melhor ainda para a nossa alma.
Eu já a perdoei e me perdoei do ocorrido. Na verdade, desde que passei a fazer o Evangelho no Lar, estudá-lo com atenção, ouvindo cada palavra que ele diz, eu procurei perdoar a todos os meus inimigos encarnados e desencarnados, independente do que tenham feito a mim. Mesmo porque, a nossa vaidade e orgulho não nos permite ver, muitas vezes que o culpado antes fomos nós. E se não fomos, melhor ainda para a nossa alma.
Chegamos ao bairro. Quando levantei-me a voz disse: " então vá e, pergunte se ela permite que você a ajude". Assim eu fiz atendendo aquela voz que falava ao meu coração. Se ela recusasse, eu tentei. Dirigi-me até ela e coloquei-me à disposição. Notei a sua surpresa e ao mesmo tempo um sorriso de agradecimento. Logo que descemos do ônibus, disse-me: "Lena, eu nunca deixei de gostar de você, falo isso sempre lá em casa, não pense que te faço algum mal". Fiz o que meu coração me impulsionou a fazer, dei-lhe um abraço na rua e seguimos abraçadas até em casa, deixando para trás os desafetos. Como o meu coração está feliz! Ajoelhei-me aos pés do Senhor, porque Ele é maravilhoso e, tocá-nos sempre o coração através dos seus Mensageiros Espirituais - Mensageiros da Fé, da Luz, do Perdão, Consoladores Benditos, AMOR.
Nosso desentendimento começou quando separei-me do pai da minha filha. A casa em que resido é grande, todos dizem. Sei que não é a maior mas é a melhor porque foi nos dada por Deus, e quem tem a sua própria casa, que tem onde se abrigar do sol ou da chuva, onde descansar depois da labuta, não importa o conforto material, apenas o conforto que nos dá saber que temos para onde voltar. Então, um dia a sua família começou a adentrar o meu terreno retirando a cerca que o protegia, e fazer construções indevidas para dentro dele. Quando manifestei a minha insatisfação, fui apedrejada por um de seus membros e ameaçada. No período, procurei um amigo e advogado que me orientou e movi uma ação judicial contra os infratores. Pela agressão física sofrida e o réu ser confesso, acabamos na vara crime, o que foi muito constrangedor e doído. Eu os vi crescerem, brincarem, brigarem ...
Ela alegou usúra da minha parte pela queixa, dizia: "duas pessoas (eu e filha) numa casa com terreno tão grande, fazendo conta!". Depois do processo encerrado, não se conformando, abriram um varanda para o lado da minha área, invadindo a nossa privacidade, direito de todo cidadão. Decidi levantar uma parede e fechá-la já que ela se recusava a isto e, assim fiz. Nunca mais trocamos uma palavra. Não nego que acreditei várias vezes que ela fazia mal para mim com suas "feitiçarias". Como disse, erramos as duas por ignorância, no julgamento, ela de achar-se no direito de invadir a minha propriedade, por sua família ser maior do que a minha e o meu terreno estar "sobrando". E, errei eu, a partir de então, a julgar que todas as dificuldades que daí comecei a enfrentar fosse "mandinga" por parte dela.
Mantivemos-nos afastadas com pensamentos, uma contra a outra, que de fato não ocorriam. Eu nunca lhe quis mal algum, apenas queria que os meus direitos fossem respeitados. Em momento algum desejei destruir o bem estar desta família. Por outro lado, ela também não se prestava a trabalhos de mágia negra contra mim, como de súbito acreditei um dia. Se não fosse esse reencontro de hoje, não teriamos pudido enxergar o coração uma da outra. Ás vezes colocamos palavras no coração do outro para justificarmos a nossa fraqueza, motivo do orgulho, da vaidade e do egoísmo.
Privamo-nos da felicidade do recomeço por não querermos ser o primeiro a estender a mão, por não querermos nos humilhar aos olhos dos outros e, preferimos afastar-nos de Deus, pois que, "aquele que não se rebaixar será rebaixado e aquele que não se elevar será elevado". Sejamos porém, meus amigos, humildes em reconhecer as nossas fraquezas e permitamos o abraço amigo, o PERDÃO. Deus não pede ofertas, nem celebrações, nem orações vázias. Deus deseja de nós que nos reconciliamos com o nosso próximo, que sejamos, enfim, moralmente virtuosos por que não há virtude maior do que a HUMILDADE. Reconciliando-nos com o próximo estaremos de volta para os braços de JESUS.
Privamo-nos da felicidade do recomeço por não querermos ser o primeiro a estender a mão, por não querermos nos humilhar aos olhos dos outros e, preferimos afastar-nos de Deus, pois que, "aquele que não se rebaixar será rebaixado e aquele que não se elevar será elevado". Sejamos porém, meus amigos, humildes em reconhecer as nossas fraquezas e permitamos o abraço amigo, o PERDÃO. Deus não pede ofertas, nem celebrações, nem orações vázias. Deus deseja de nós que nos reconciliamos com o nosso próximo, que sejamos, enfim, moralmente virtuosos por que não há virtude maior do que a HUMILDADE. Reconciliando-nos com o próximo estaremos de volta para os braços de JESUS.
NÃO VIM TRAZER A PAZ, MAS A ESPADA
"Não julgueis que vim trazer paz à terra; não vim trazer-lhes paz, mas a espada; porque vim separar os homens contra pai, e a filha contra a sua mãe, e a nora contra a sogra; e os inimigos do homem serão os seus mesmos domésticos" ( Mateus, X; 34-36).
"...ENTÃO, QUANDO O CAMPO ESTIVER PREPARADO, EU VOS ENVIAREI O CONSOLADOR, O ESPÍRITO DA VERDADE, QUE IRÁ RESTABELECER TODAS AS COISAS, O SEJA, QUE DANDO A CONHECER O VERDADEIRO SENTIDO DAS MINHAS PALAVRAS, QUE OS HOMENS MAIS ESCLARECIDOS PODERÃO, ENFIM, COMPREENDER, PORÁ TERMO Á LUTA FRATICIDA QUE DIVIDE OS FILHOS DE UM MESMO DEUS. (...) NESSE MOMENTO, TODOS VIRÃO ABRIGAR-SE SOB A MESMA BANDEIRA: A DA CARIDADE, E AS COISAS SERÃO RESTABELECIDAS NA TERRA, SEGUNDO A VERDADE E OS PRINCÍPIOS QUE VOS ENSINEI". (Moral Estranha, cap. XXIII; 9-16. O Evangelho Segundo o Espiritismo)
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"(...) Quem se faz instrutor deve valorizar o ensino aplicando-o em si próprio" (Joanna de Ângelis.