sábado, 16 de fevereiro de 2013

Espontaneidade X Indisciplina na Comunicação Mediúnica




Em 16-02-2013, às 21hs e 30mint.

Após algumas observações e estudos em trabalho de desobsessão, sem querer ferir as diretrizes de alguns centros espíritas, retomo a questão da complexidade do trabalho mediúnico, postado em 11-01-2012, na intenção de chamar a atenção de dirigentes para o agravante atraso no desenvolvimento da faculdade mediúnica de alguns médiuns. Em alguns grupos é possível verificar que o excesso de disciplina tem tolhido o fenômeno mediúnico. Observam-se comunicações mediúnicas amarradas por se confundir espontaneidade com indisciplina. "Os médiuns são os intérpretes dos Espíritos. Suprem o organismo material que falta a estes para transmitirem as suas instruções. Eis porque são dotados de faculdades para este fim" (E.S.E., cap. XIX; 10).

É preciso cuidar para não se desenvolver comunicações que nada reproduzem como figueiras secas. "A figueira seca é o símbolo das pessoas que apenas aparentam o bem, mas na realidade nada produzem de bom; dos oradores que possuem mais brilho do que solidez, dotados de vernizes das palavras, de maneira que estas agradam aos ouvidos; mas quando a analisamos, nada revela de substancial para o coração, e, quando as acabamos de ouvir, perguntamos que proveito tivemos (...) todas as doutrinas  que não produziram nenhum bem para a humanidade, serão reduzidas a nada; e que todos os homens voluntariamente inúteis, que não se utilizaram dos recursos de que estavam dotados, serão tratados como a figueira seca". (Parábola da figueira seca, cap.XIX; 8-9. E.S.E)

Caros irmãos, cuidado para não simplificar o que é bem mais complexo. Não há verdade absoluta, ainda mais em se tratando da alma humana. Bem é verdade, em regra, que todos somos donos do nosso corpo, da nossa consciência, da nossa vontade. Mas, fosse tão simples assim, não precisaríamos de hospitais psiquiátricos ou clínicos, ou mesmo, de Centros Espíritas. A medida de tudo deve ser sempre o bom senso!

É preciso lembrar que o trabalho espírita começa antes no plano invisível, depois na Casa Espírita (SCHUBERT, Dimensões Espirituais do Centro Espírita). Cada espírito acolhido recebe pois, antes do atendimento no Centro Espírita, o atendimento da Espiritualidade de acordo com suas necessidades e merecimentos. Cada espírito recebe um tratamento distinto, assim como acontece no plano terreno, "cada caso é um caso". E, nada acontece sem a permissão do Pai Celestial. Há em cada comunicação uma finalidade e uma afinidade entre o médium e o espírito comunicante. Nada é feito ao acaso pelo plano espiritual, tudo já está definido muito antes do trabalho começar no plano terreno.

O médium deve sim, selecionar as comunicações e ter, em si, a consciência de que o carro físico lhe pertence, devendo preservá-lo, moral e fisicamente. Contudo, ocorrem necessidades que independem da vontade do médium e ultrapassam o conhecimento humano, entidades perversas podem tentar agredir doutrinadores, e o médium, pode sim, perder o controle, porém, a equipe técnica do plano invisível domina mecanismos que os protegem de qualquer ameaça física.

Segundo os Amigos Benfeitores, "os espíritos benfeitores usam de "armas" de cargas de energia que os fazem sentir "morrer" novamente". Uma manifestação violenta pode fazer com que o médium perca o controle, ainda que este seja capacitado ou "disciplinado". Nenhum médium, por melhor que seja, está livre de tais manifestações espíritas, porém, jamais perderá a atenção da equipe socorrista. É necessário que o doutrinador esteja atento para espíritos perversos. Espíritos perversos não têm o mesmo comportamento de espíritos doentes e zombam se tratados por "irmãos". Por isso, "deve tratá-lo com severidade, mas com benevolência e vencê-lo pelos bons processos, orando por ele" (L. M. cap. XXIII, questão 249).

É preciso não confundir indisciplina com espontaneidade para não tolher a comunicação. Muitos centros espíritas adotam diretrizes que reprimem a comunicação mediúnica, o que é um desrespeito aos espíritos comunicantes e um atraso para o médium que tem o desenvolvimento de sua faculdade mediúnica retraída. É lógico que não se deve deixar virar bagunça, mas, é necessário permitir a espontaneidade do fenômeno mediúnico. O que não significa indisciplina do médium.

O médium disciplinado é aquele que não constrange o espírito comunicante, mas sabe até onde permitir ir a sua comunicação e a deixa fluir. Quando necessário, o médium pode vir ao chão e extravasar a sua dor, o que não caracteriza indisciplina e sim espontaneidade. Pronunciar palavras de baixo calão, que fira a integridade dos que ali estão presentes, isso sim é indisciplina.

Existem espíritos em estado tão grave de abstinência que não desejam estar ali, não desejam o socorro, pois, nem mesmo o vê como socorro, de tão grande a sua demência pela perda do contato com o corpo físico, o choque anímico o desperta e, o desespera ainda mais severamente, tornando-os extremamente violentos, mesmo com atendimento prévio no plano astral, são capazes de lançar o médium no chão. No entanto, nenhum espírito, em qualquer estado que se encontre,  penetra o templo sem a supervisão e o consentimento dos mentores da Casa.  Cada médium possuiu ambiente próprio e cada assembléia se caracteriza por uma corrente magnética particular de preservação e defesa (Schubert D. E. do C. E. cap. 14, p. 167).

Neste caso, é necessário o preparo do doutrinador na assistência daquele irmão em sofrimento: conhecimento doutrinário fundamentado na Codificação Kardequiana; conhecimento do Evangelho de Jesus; autoridade moral, essencial para legitimar os argumentos que apresenta o comunicante; fé, não advinda apenas do crer, mas do saber, fé esclarecida, e, amor acima de tudo, somente com amor se é capaz de se fazer ouvido, no mais, paciência, tolerância, sensibilidade, vigilância, humildade e prudência. Como recomenda Joana de Ângelis "(...) quem se faz instrutor deve valorizar o ensino aplicando-o em si próprio".

Imaginemos uma criança de 9-10 anos, mergulhada na ilusão das drogas psicodélicas e em abstinência. Cinco homens, com o dobro do seu peso não são capazes de controlar o seu surto psíquico. Porque acreditar que após o desencarne a situação mudaria? Não. A morte do corpo físico não liberta o espírito do que lhe está registrado no perispírito. A dor, o sofrimento, o ódio, ou, a alegria, a paz e o amor, acompanha-o, bem como, qualquer outro vício constituído em sua permanência terrena, de forma cem vezes ainda mais perceptível para o Espírito desencarnado. Logo, a sua manifestação trará consigo refluxos da sua existência corpórea. O Espírito livra-se do invólucro corpóreo, mas, mantém a consciência presa ao seu eflúvio. No plano espiritual é dado-lhe o primeiro atendimento para amenizar a sua dor moral; o contado com sua nova existência é dado através do choque anímico pelo médium, na Casa Espírita.

Convém lembrar que existem vários tipos de faculdades mediúnicas, entre essas, a "psicopraxia", liberdade de movimentar por completo o corpo do médium, mesmo sobre o controle do médium. Então, condicionar as comunicações unicamente ao comportamento moral ou "educação" do médium é querer tornar simples o que é muito mais complexo. Por que mais complexo? Porque envolve um conjunto de desejos e recordações recalcados referentes ao mesmo impulso inconsciente, o que torna complicado, intrincado as comunicações mediúnicas. Logo, não é tão simples acreditar que a boa educação do médium, ou o seu conhecimento teórico possa evitar, em alguns casos,  as manifestações violentas. É óbvio que não sendo regra geral, é preciso avaliar sua ocorrência. Há casos em que o médium é quem precisa de socorro espiritual, e esse é lhe dado sempre pela equipe socorrista. Cabe aqui, a medida do bom-senso, o pré julgamento é inadequado ao bom trabalho espírita. 

Generalizar é uma forma sutil de se dizer dono da verdade, porque essa atitude impede de se olhar cada indivíduo como um ser único, um pequeno universo. É dizer que tudo é a mesma coisa, e, o Universo não funciona assim. O Universo é um grande organismo, cada indivíduo é uma célula desse grande organismo. Cada célula tem a sua função específica. Entretanto, para o bom funcionamento do todo, faz-se necessário a unicidade do conjunto. Tanto no espaço como na Terra, no mundo invisível ou dos encarnados, somente trabalhando em uníssono é possível universalizar.

Luz e Amor!



"A fé, para ser proveitosa, deve ser ativa; não pode adormecer. Mãe de todas as virtudes que conduzem a Deus, deve velar atentamente pelo desenvolvimento das suas próprias filhas. A esperança e a caridade são consequências da fé" (A fé que transporta montanhas, cap. XIX; 11. O Evangelho Segundo o Espiritismo)





segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Responsabilidades com Jesus





Em 20-01-2013; às 8hs.

Angustia-me, apesar de saber que já não mais me cabe as aflições, porque os nossos pensamentos devem ser orientados pela fé em Deus, não compreender o que se passa comigo. Não quero simplesmente ser admirada pelos amigos, porque são amigos e, sendo amigos, encobrem os meus defeitos. Bem como, não quero as críticas dos inimigos. Necessito de críticas fundamentadas e construtivas que possam auxiliar-me na construção de uma consciência maior. São os nossos inimigos que revelam os nossos verdadeiros defeitos, porém, são perversos e, as verdades não precisam ser reveladas de maneira cruel. Talvez, por isso, os amigos muitas vezes silenciam-se, enquanto que os inimigos lançam dardos venenosos a todo tempo, para nos atingir mortalmente. Enfim, a verdade, dia menos dia, se fará presente. Cada um tem o seu próprio tempo para torná-la aceitável de acordo com o grau evolutivo de cada ser pensante.

Não busco elogios, gostaria apenas a avaliação sincera, não para me enaltecer e aumentar a minha vaidade de médium, mas, para não ser alvo perfeito das trevas. Não desejo fazer o mal difundindo verdades falaciosas, em que creio e escrevo, pois que, não seriam verdades, seriam engodos. Preocupa-me ser obreiro de inimigos do Espiritismo e não do Consolador. Desejo unicamente que a faculdade mediúnica, se possuo, seja a serviço do bem - mediunidade com Cristo.

Para que serveria a faculdade mediúnica senão para servir aos propósitos de Deus? Para que uma faculdade que serve absolutamente para manifestações de possíveis obsessores ou zombeteiros, que se divertem a custa da busca incessante de um ser imperfeito, em se melhorar espiritualmente e, desses somente ser porta-voz, se não fosse para se evoluir moralmente? Muitos, possivelmente, irão atribuir essa minha inquietação ao meu orgulho e mediocridade, desejar ser instrumento de Bons Espíritos, mensageiros do Senhor. Eu mesma já me questionei com profundidade para saber a intenção do meu ser, se não se trata de presunção buscar a comunicação com o Alto.

A resposta que encontro é: "eu não quero brincar com a fé do outro, da mesma forma que não quero que brinquem com a minha". Eu respeito muito a crença alheia, cuido em não ferir o meu semelhante. O que seria da vida sem a fé? Está no Evangelho, “A fé transporta montanhas” (E.S.E., cap. XIX). É preciso cuidar-se em observar, presunção não é fé, muitas vezes se confunde presunção com a fé inabalável em Deus.

A presunção é muito mais orgulho em si mesmo do que acreditar fielmente na vontade de Deus. A fé é fidelidade aos Ensinamentos de Jesus, o Cristo. O orgulho ao contrário, é a crença em si somente, “eu consegui porque sou o bom”. É importante que se acredite em si, em suas capacidades. Acreditar em sua própria força contribui para as realizações de trabalhos. O homem não é feito do mal, pois que, é criatura de Deus. O homem torna-se mal por esquecer que é criatura de Deus e, assim, alimenta-se da vaidade e da presunção. A humildade em reconhecer-se como criatura do Senhor, e que se é servo de Deus é que coloca o homem mais próximo do Altíssimo. A humildade é a porta aberta para a caridade, para o servir com Cristo. Só é possível servir ao próximo através da humildade, senão, serve-se somente a si próprio.

Minha angústia nasce das incertezas do meu ser, por entender que não estou livre do mal e, com isso, sintonizar, possivelmente, com o "astral inferior", potencializando, assim, o mal que habita em mim. Considerando que dificilmente um Espírito elevado se utilizaria de um instrumento pouco evoluído, temo que não seja da faculdade mediúnica o que produzo, mas, “personalismo”, "animismo" - "a mente do próprio médium criando aquilo que se faz passar por uma comunicação de espíritos desencarnados" (L.E.). Emílio de Miranda adverte que em uma boa comunicação mediúnica, cinquenta por cento do conteúdo da comunicação é do médium e, cinquenta por cento é do Espírito, especialmente, na mediunidade consciente. No nível evolutivo que estamos, a comunicação mediúnica cada vez mais está carregada de conteúdos nossos.

Quanto a considerar a comunicação com Espírito Elevado, devemos compreender, segundo O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, há Espíritos ligados aos indivíduos para os proteger, desde o seu nascimento até a morte, e frequentemente, segue-os até a vida espiritual, são os anjos guardiões, protetores, ou, mentores. "São Espíritos de ordem elevada" (questão 489). O Espírito protetor nunca abandona o seu protegido, pode afastar-se, quando os seus conselhos são inúteis e a vontade de sofrer influências de Espíritos inferiores é mais forte (questão 495). "Àqueles que pensem ser impossível aos Espíritos verdadeiramente elevados, se sujeitarem a uma tarefa tão laboriosa e de todos os instantes, diremos que influenciamos vossas almas estando a vários milhões de léguas de vós (...) São essas comunicações de cada homem com seu Espírito familiar que fazem todos os homens médiuns, médiuns hoje ignorados, mas que se manifestarão mais tarde e se espalharão como um oceano sem limites para repelir a incredulidade e a ignorância"

Incomoda-me responsabilizar os espíritos pelos meus feitos. Compreendo nos ensinamentos de Allan Kardec, em “O Livro dos Espíritos”, questão 459, "os espíritos tem maior influência do que credes, porque, frequentemente, são eles que vos dirigem". Contudo, a idéia de ser conduzida por "mãos invisíveis", parece sugerir que não sou dona dos meus atos, e isso faz com que me sinta com maior responsabilidade ainda sobre as comunicações das quais me faço porta-voz. Daí a me perguntar, quem sou eu? 

Os médiuns são intermediários entre o mundo visível e invisível, e, por isso, somos alvos de toda sorte de comunicações: boas e más. Se todos podemos ser alvo de espíritos maldosos, o que dizer dos médiuns ostensivos! Precisamos estar sempre atentos e em oração como ensinou Jesus: "Vigiar e Orar". Trabalhar com obsessores, no meu entendimento, é o trabalho mais edificante para o médium. Representa caridade não só para aquele espírito comunicante, mas, remédio para aquele que o atende. Salvo, quando o médium não possui consciência de que toda comunicação passa primeiro pelo ouvido que a conduz. O médium, revestido de vaidade, não saberá apreciar a eficácia do remédio ofertado.

Emmanuel adverte: "o ouvido que escuta é irmão da boca que fala. Não acreditei em tudo que vos falam". Somos tão responsáveis pelo que reproduzimos quanto quem nos fala. Não somos obrigados a ouvir o que faz mal e muito menos passá-lo adiante. Não devemos intoxicar o nosso espírito com maus dizeres e, menos ainda, contaminar os outros. Devemos ter compromisso moral com a verdade. "A verdade em sua expressão maior é Deus”. Quanto mais nos alimentamos da verdade, mais tomamos responsabilidades, mais testemunhos temos que dar. “Há quem muito for dado, muito lhe será pedido" (Jesus). O meu propósito quanto as postagens do "Blog" é difundir a Doutrina Espírita através das minhas próprias experiências. Eu não saberia expô-la de forma diferente. Não são revelações, não há nada que já não se houvesse dito pelos mais diversos autores e palestrantes. Essa é, apenas, a forma que encontrei de transformar minhas fraquezas em algo positivo. Que os meus tropeços sirvam para que outros sigam em passos firmes no caminho da reforma moral.

Revelação, pela etimologia da palavra, vem do Latim "revela tio", “ato de mostrar, descobrir, destapar”, de "revel are", formado por "re", indicando oposição, mais "velare", “cobrir, tapar”, de "velum”, “véu”. Revelar significa "verdade". Se não é verdade não é revelação. A verdade vem de Deus. "Pode-se enganar a muitos ao mesmo tempo, mas não se pode enganar a todos o tempo todo", porque a verdade se revelará para todos. Não existe exclusividade para Deus, porque somos todos iguais aos Seus olhos. Jesus adverte sobre os falsos Cristos (E.S.E., cap. XXI). A revelação do Cristo é gradual, há medida que vamos evoluindo nos vão sendo reveladas.

"Os médiuns são almas com passado desorganizado" (Emmanuel). A mediunidade, assim, não se constitui em nenhum privilégio, pois que, todos a possuímos em algum grau. "O exercício da mediunidade através da diretriz espírita é ministério de enobrecimento, atividade que envolve responsabilidade e siso (prudência). Não comporta atitudes levianas, nem admite a insensatez nas suas expressões. Caracteriza-se pela discrição e elevação de conteúdo, a serviço da renovação do próprio médium, quanto das criaturas de ambas as faixas do processo espiritual: fora e dentro da carne. Compromisso de alta significação é também processo de burilamento do médium, que se deve dedicar com submissão e humildade" (extraído do texto Fantasias Mediúnicas).

As inquietações que ora me tomam de assalto são reflexos da minha consciência, despertando para as responsabilidades assumidas com  Jesus. O que tenho feito do muito que me foi confiado? Devemos ser úteis naquilo que possuímos, servindo ao próximo sem distinção. O valor da ação está onde está o amor. Se a ação tem amor, então, ela tem valor. "Jesus, o Excelente Médium de Deus, jamais se descurou, mantendo a mesma nobre atitude diante dos poderosos do mundo quando dos necessitados, dos doutos como dos incultos, dos ataviados pela ilusão, assim como diante dos simples, ensinando, amando e servindo sem cessar". Somos todos doentes, e, por isso, estamos aqui, neste grande hospital-escola, denominado Terra, "os sãos não precisam de médicos" (E.S.E., cap. XXIV; 11-12).

Compartilhando dessa reflexão sobre as responsabilidades assumidas com Jesus, despeço-me, temporariamente, das publicações do meu Blog "Diário Espírita", para me dedicar ao trabalho de conclusão de curso (TCC), de Bacharelado em Sociologia, procurando espelhar-me no maior sociólogo de todos os tempos - Jesus. Almejo que esse trabalho não fique guardado na gaveta de uma banca examinadora, mas, que possa gerar benefícios ao grupo estudado, pois, é um trabalho "com" pessoas. A tese que irei defender será sobre a violência nas escolas, estudo que buscarei fundamentar nos Ensinamentos de Jesus, o qual me proponho a compartilhar, tão logo esteja concluído. Concluído entre aspas, porque o conhecimento não se encerra com um ponto final.

Os títulos conquistados na Terra não são entrada para o Reino do Céu. “... Todos os Espíritos são da mesma essência, e todos os corpos foram feitos da mesma massa. Vossos títulos e vossos nomes em nada a modificam; ficam no túmulo; não são eles que dão a felicidade prometida aos eleitos; a caridade e a humildade são os seus títulos de nobreza”. (E. S. E., “Bem-Aventurados os Pobres de Espírito”, cap. VII; 11). Porém, Allan Kardec adverte da necessidade de estudar: "Espíritas, amai-vos, esse é o primeiro ensinamento; Instruí-vos, é o segundo" (L.E.). Não pode haver educação sem informação. A Universidade não forma ninguém, é tão somente uma base para o universo de conhecimentos que podemos expandir. O que forma as pessoas é o conhecimento dirigido através da informação, dos estudos.

O conhecimento só não basta, é preciso valor. O "valor é um princípio revestido de sentimentos". A conduta moral adquire-se através dos Ensinamentos de Cristo. Conhecimento sem amor de nada serve. Quem deseja servir necessita aprender, "aprender nos auxilia a servir e servir nos desperta para o amor, e amor é viver". Amar a Deus é conhecê-lo. Que Assim Seja!

Luz e Amor!





 "E depois que Jesus desceu do monte, foi muita a gente do povo que o seguiu. E eis que, vindo um leproso, o adorava dizendo: Se tu queres, Senhor, bem me podes limpar. E Jesus, estendendo a mão, tocou-o dizendo: Pois eu quero; fica limpo. E logo ficou limpa toda a sua lepra. Então, lhe disse Jesus: Vê, não diga a alguém; mas vai, mostra-te ao sacerdote, e faze a oferta que ordenou Moisés, para lhe servir de testemunho a eles". (Mateus, VIII; 1-4)

(Que a mão esquerda não saiba o que faz a direita, capitão XIII; 2. O Evangelho Segundo o Espiritismo).