Em 20-01-2013; às 8hs.
Angustia-me, apesar de saber que já não mais me
cabe as aflições, porque os nossos pensamentos devem ser orientados pela fé em
Deus, não compreender o que se passa comigo. Não quero simplesmente ser admirada
pelos amigos, porque são amigos e, sendo amigos, encobrem os meus defeitos. Bem
como, não quero as críticas dos inimigos. Necessito de críticas fundamentadas e
construtivas que possam auxiliar-me na construção de uma consciência maior. São
os nossos inimigos que revelam os nossos verdadeiros defeitos, porém, são
perversos e, as verdades não precisam ser reveladas de maneira cruel. Talvez,
por isso, os amigos muitas vezes silenciam-se, enquanto que os inimigos lançam
dardos venenosos a todo tempo, para nos atingir mortalmente. Enfim, a verdade,
dia menos dia, se fará presente. Cada um tem o seu próprio tempo para torná-la
aceitável de acordo com o grau evolutivo de cada ser pensante.
Não busco elogios, gostaria apenas a avaliação sincera,
não para me enaltecer e aumentar a minha vaidade de médium, mas, para não ser
alvo perfeito das trevas. Não desejo fazer o mal difundindo verdades
falaciosas, em que creio e escrevo, pois que, não seriam verdades, seriam engodos.
Preocupa-me ser obreiro de inimigos do Espiritismo e não do Consolador. Desejo
unicamente que a faculdade mediúnica, se possuo, seja a serviço do bem -
mediunidade com Cristo.
Para que serveria a faculdade mediúnica senão
para servir aos propósitos de Deus? Para que uma faculdade que serve
absolutamente para manifestações de possíveis obsessores ou zombeteiros, que se
divertem a custa da busca incessante de um ser imperfeito, em se melhorar
espiritualmente e, desses somente ser porta-voz, se não fosse para se evoluir
moralmente? Muitos, possivelmente, irão atribuir essa minha inquietação ao meu
orgulho e mediocridade, desejar ser instrumento de Bons Espíritos, mensageiros
do Senhor. Eu mesma já me questionei com profundidade para saber a intenção do
meu ser, se não se trata de presunção buscar a comunicação com o Alto.
A resposta que encontro é: "eu não quero
brincar com a fé do outro, da mesma forma que não quero que brinquem com a
minha". Eu respeito muito a crença alheia, cuido em não ferir o
meu semelhante. O que seria da vida sem a fé? Está no Evangelho, “A fé transporta
montanhas” (E.S.E., cap. XIX). É preciso cuidar-se em observar, presunção
não é fé, muitas vezes se confunde presunção com a fé inabalável em Deus.
A presunção é muito mais orgulho em si mesmo do
que acreditar fielmente na vontade de Deus. A fé é fidelidade aos Ensinamentos
de Jesus, o Cristo. O orgulho ao contrário, é a crença em si somente, “eu consegui porque sou o bom”. É
importante que se acredite em si, em suas capacidades. Acreditar em sua própria
força contribui para as realizações de trabalhos. O homem não é feito do mal,
pois que, é criatura de Deus. O homem torna-se mal por esquecer que é criatura
de Deus e, assim, alimenta-se da vaidade e da presunção. A humildade em
reconhecer-se como criatura do Senhor, e que se é servo de Deus é que coloca o
homem mais próximo do Altíssimo. A humildade é a porta aberta para a caridade,
para o servir com Cristo. Só é possível servir ao próximo através da humildade,
senão, serve-se somente a si próprio.
Minha angústia nasce das incertezas do meu ser,
por entender que não estou livre do mal e, com isso, sintonizar, possivelmente,
com o "astral inferior", potencializando, assim, o mal que habita em mim. Considerando que dificilmente um Espírito elevado se utilizaria de um
instrumento pouco evoluído, temo que não seja da faculdade mediúnica o que
produzo, mas, “personalismo”, "animismo" - "a mente do
próprio médium criando aquilo que se faz passar por uma comunicação de
espíritos desencarnados" (L.E.). Emílio de Miranda adverte que em uma boa comunicação mediúnica, cinquenta por cento do conteúdo da comunicação é do médium e, cinquenta por cento é do Espírito, especialmente, na mediunidade consciente. No nível evolutivo que estamos, a comunicação mediúnica cada vez mais está carregada de conteúdos nossos.
Quanto a considerar a comunicação com Espírito Elevado, devemos compreender, segundo O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, há Espíritos ligados aos indivíduos para os proteger, desde o seu nascimento até a morte, e frequentemente, segue-os até a vida espiritual, são os anjos guardiões, protetores, ou, mentores. "São Espíritos de ordem elevada" (questão 489). O Espírito protetor nunca abandona o seu protegido, pode afastar-se, quando os seus conselhos são inúteis e a vontade de sofrer influências de Espíritos inferiores é mais forte (questão 495). "Àqueles que pensem ser impossível aos Espíritos verdadeiramente elevados, se sujeitarem a uma tarefa tão laboriosa e de todos os instantes, diremos que influenciamos vossas almas estando a vários milhões de léguas de vós (...) São essas comunicações de cada homem com seu Espírito familiar que fazem todos os homens médiuns, médiuns hoje ignorados, mas que se manifestarão mais tarde e se espalharão como um oceano sem limites para repelir a incredulidade e a ignorância"
Incomoda-me responsabilizar os espíritos pelos meus feitos. Compreendo nos ensinamentos de Allan Kardec, em “O Livro dos Espíritos”, questão 459, "os espíritos tem maior influência do que credes, porque, frequentemente, são eles que vos dirigem". Contudo, a idéia de ser conduzida por "mãos invisíveis", parece sugerir que não sou dona dos meus atos, e isso faz com que me sinta com maior responsabilidade ainda sobre as comunicações das quais me faço porta-voz. Daí a me perguntar, quem sou eu?
Quanto a considerar a comunicação com Espírito Elevado, devemos compreender, segundo O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, há Espíritos ligados aos indivíduos para os proteger, desde o seu nascimento até a morte, e frequentemente, segue-os até a vida espiritual, são os anjos guardiões, protetores, ou, mentores. "São Espíritos de ordem elevada" (questão 489). O Espírito protetor nunca abandona o seu protegido, pode afastar-se, quando os seus conselhos são inúteis e a vontade de sofrer influências de Espíritos inferiores é mais forte (questão 495). "Àqueles que pensem ser impossível aos Espíritos verdadeiramente elevados, se sujeitarem a uma tarefa tão laboriosa e de todos os instantes, diremos que influenciamos vossas almas estando a vários milhões de léguas de vós (...) São essas comunicações de cada homem com seu Espírito familiar que fazem todos os homens médiuns, médiuns hoje ignorados, mas que se manifestarão mais tarde e se espalharão como um oceano sem limites para repelir a incredulidade e a ignorância"
Incomoda-me responsabilizar os espíritos pelos meus feitos. Compreendo nos ensinamentos de Allan Kardec, em “O Livro dos Espíritos”, questão 459, "os espíritos tem maior influência do que credes, porque, frequentemente, são eles que vos dirigem". Contudo, a idéia de ser conduzida por "mãos invisíveis", parece sugerir que não sou dona dos meus atos, e isso faz com que me sinta com maior responsabilidade ainda sobre as comunicações das quais me faço porta-voz. Daí a me perguntar, quem sou eu?
Os médiuns são intermediários entre o mundo
visível e invisível, e, por isso, somos alvos de toda sorte de comunicações:
boas e más. Se todos podemos ser alvo de espíritos maldosos, o que dizer dos
médiuns ostensivos! Precisamos estar sempre atentos e em oração como ensinou
Jesus: "Vigiar e Orar". Trabalhar com obsessores, no meu
entendimento, é o trabalho mais edificante para o médium. Representa caridade
não só para aquele espírito comunicante, mas, remédio para aquele que o atende.
Salvo, quando o médium não possui consciência de que toda comunicação passa
primeiro pelo ouvido que a conduz. O médium, revestido de vaidade, não saberá
apreciar a eficácia do remédio ofertado.
Emmanuel adverte: "o ouvido que escuta é
irmão da boca que fala. Não acreditei em tudo que vos falam". Somos
tão responsáveis pelo que reproduzimos quanto quem nos fala. Não somos
obrigados a ouvir o que faz mal e muito menos passá-lo adiante. Não devemos intoxicar
o nosso espírito com maus dizeres e, menos ainda, contaminar os outros. Devemos
ter compromisso moral com a verdade. "A verdade em sua expressão maior
é Deus”. Quanto mais nos
alimentamos da verdade, mais tomamos responsabilidades, mais testemunhos temos que
dar. “Há quem muito for dado, muito lhe será pedido"
(Jesus). O meu propósito quanto as postagens do "Blog" é difundir a
Doutrina Espírita através das minhas próprias experiências. Eu não saberia
expô-la de forma diferente. Não são revelações, não há nada que já não se houvesse dito pelos mais diversos autores e palestrantes. Essa é, apenas, a forma que encontrei de transformar minhas
fraquezas em algo positivo. Que os meus tropeços sirvam para que outros sigam
em passos firmes no caminho da reforma moral.
Revelação, pela etimologia da palavra, vem do
Latim "revela tio", “ato de mostrar, descobrir, destapar”, de "revel
are", formado por "re", indicando oposição, mais
"velare", “cobrir, tapar”, de "velum”, “véu”. Revelar significa
"verdade". Se não é verdade não é revelação. A verdade vem de Deus.
"Pode-se enganar a muitos ao mesmo tempo, mas não se pode enganar a
todos o tempo todo", porque a verdade se revelará para todos. Não
existe exclusividade para Deus, porque somos todos iguais aos Seus olhos. Jesus
adverte sobre os falsos Cristos (E.S.E., cap. XXI). A revelação do Cristo é
gradual, há medida que vamos evoluindo nos vão sendo reveladas.
"Os médiuns são almas com passado
desorganizado" (Emmanuel). A mediunidade, assim, não se constitui em
nenhum privilégio, pois que, todos a possuímos em algum grau. "O
exercício da mediunidade através da diretriz espírita é ministério de
enobrecimento, atividade que envolve responsabilidade e siso (prudência). Não
comporta atitudes levianas, nem admite a insensatez nas suas expressões.
Caracteriza-se pela discrição e elevação de conteúdo, a serviço da renovação do
próprio médium, quanto das criaturas de ambas as faixas do processo espiritual:
fora e dentro da carne. Compromisso de alta significação é também processo de
burilamento do médium, que se deve dedicar com submissão e humildade" (extraído
do texto Fantasias Mediúnicas).
As inquietações que ora me tomam de assalto são
reflexos da minha consciência, despertando para as responsabilidades assumidas
com Jesus. O que tenho feito do muito que me foi confiado? Devemos ser úteis
naquilo que possuímos, servindo ao próximo sem distinção. O valor da ação está
onde está o amor. Se a ação tem amor, então, ela tem valor. "Jesus, o
Excelente Médium de Deus, jamais se descurou, mantendo a mesma nobre atitude
diante dos poderosos do mundo quando dos necessitados, dos doutos como dos
incultos, dos ataviados pela ilusão, assim como diante dos simples, ensinando,
amando e servindo sem cessar". Somos todos doentes, e, por isso,
estamos aqui, neste grande hospital-escola, denominado Terra, "os sãos
não precisam de médicos" (E.S.E., cap. XXIV; 11-12).
Compartilhando dessa reflexão sobre as
responsabilidades assumidas com Jesus, despeço-me, temporariamente, das
publicações do meu Blog "Diário Espírita", para me dedicar ao
trabalho de conclusão de curso (TCC), de Bacharelado em Sociologia, procurando espelhar-me no maior sociólogo de
todos os tempos - Jesus. Almejo que esse trabalho não fique guardado na gaveta
de uma banca examinadora, mas, que possa gerar benefícios ao grupo estudado,
pois, é um trabalho "com" pessoas. A tese que irei defender será sobre a violência nas
escolas, estudo que buscarei fundamentar nos Ensinamentos de Jesus, o qual me
proponho a compartilhar, tão logo esteja concluído. Concluído entre aspas,
porque o conhecimento não se encerra com um ponto final.
Os títulos conquistados na Terra não são entrada
para o Reino do Céu. “... Todos os Espíritos são da mesma essência, e
todos os corpos foram feitos da mesma massa. Vossos títulos e vossos nomes em
nada a modificam; ficam no túmulo; não são eles que dão a felicidade prometida
aos eleitos; a caridade e a humildade são os seus títulos de nobreza”.
(E. S. E., “Bem-Aventurados os Pobres de Espírito”, cap. VII; 11). Porém, Allan Kardec adverte da necessidade de estudar:
"Espíritas, amai-vos, esse é o primeiro ensinamento; Instruí-vos, é o
segundo" (L.E.). Não pode haver educação sem informação. A Universidade não
forma ninguém, é tão somente uma base para o universo de conhecimentos que
podemos expandir. O que forma as pessoas é o conhecimento dirigido através da
informação, dos estudos.
O
conhecimento só não basta, é preciso valor. O "valor é um princípio
revestido de sentimentos". A conduta moral adquire-se através dos Ensinamentos de Cristo. Conhecimento sem amor de nada serve. Quem
deseja servir necessita aprender, "aprender nos auxilia a servir e servir
nos desperta para o amor, e amor é viver". Amar a Deus é conhecê-lo. Que
Assim Seja!
Luz e Amor!
(Que a mão esquerda não saiba o que faz a
direita, capitão XIII; 2. O Evangelho Segundo o Espiritismo).
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"(...) Quem se faz instrutor deve valorizar o ensino aplicando-o em si próprio" (Joanna de Ângelis.