quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

O Preconceito Religioso


Em 16-08-2011, às 09hs

Entristeceu-me muito o que ouvi, ontem, de uma Entidade Espiritual, no Centro Espírita. Senti como manifestação de preconceito o que me foi dito: "é coisa de quem vem da Umbanda/Candomblé, acreditar que êre trabalha".

Eu sei que existe preconceito em todos os lugares, incluindo os Centros Espíritas. Há os que avaliam a evolução dos Espíritos pelo nome honroso com que se apresentam muito mais do que pela comunicação de que são portadores. Assim também ocorre com os médiuns. O médium é "bom" de acordo com o nome da entidade que se lhe apresenta, se é renomada então o médium é o "cara". Como enganam-se os que assim pensam. É na humildade dos gestos, na simplicidade das palavras que muitas vezes moram as grandes verdades, é onde se encontra a maior forma de oração.   

"As crianças nos trazem alegria e o poder da honestidade, da pureza infantil. Aparentemente frágeis, têm muita força na magia e atuam em qualquer tipo de trabalho. Essa vibratória serve também para elevar a autoestima do corpo mediúnico, após atendimentos em que foram transmutados muita tristeza, mágoa e sofrimento" (livro Umbanda Pé no Chão, RAMATIS, psicografada por Norberto Teixeira).

"Amigos, conhece-se o Bom Espírito pela sua comunicação"

"Lembrando de que este comportamento parte daqueles menos evoluídos e ignorantes, encarnados e desencarnados, pois que, entre os Espíritos elevados, conhecedores de sua condição na Seara Espírita, não procedem nesse agir.  Somos todos importantes para a construção de uma Humanidade melhor, em um nome do Único Altíssimo. Abaixo, estamos todos em evolução. Não há superior nem inferior no plano terrestre. Há os que já compreenderam os Ensinamentos; os que procuram compreender e os que ignoram completamente. Porém, a nenhum é dado o direito de intitular-se superior, pois que a todos é dado, em igualdade, o direito de evoluir. Pode aquele que sabe um pouco mais, buscar ensinar aos que nada compreendem, pois que Deus não deseja perder nenhuma de suas ovelhas. E o nosso compromisso maior, no mundo de provas e expiações é evoluir ajudando a evoluir: "Fora da Caridade não há Salvação". 

A caridade aplica-se não só em dar esmola, o que é fácil de se fazer, mas, em Evangelizar. Evangelizar é resgatar para a Seara Divina as "ovelhas desgarradas", ovelhas que se perderam pelo caminho. Esse é o labor do verdadeiro espírita independente de sua crença ou religião.

É importante que todos os espíritas procurem compreender, como coloca Kardec, que todos os que chegam a Casa Espírita, encarnados e desencarnados, jovens, velhos, filósofos, médicos, obsessores e sofredores, mistificadores ou brincalhões, enfim, todos sem excessão, ali comparecem com a permissão Divina por necessitarem de Caridade, e a verdadeira caridade não olha a quem servir. Serve à todos sem distinção. Irmãos: "Amai-vos uns aos outros". Dê ao outro o tratamento que gostaria de receber. Para que humilhar a quem já está no chão? O planeta Terra já possui dores suficientes, para que aumentá-las ainda mais?" (Espírito Protetor).

A dúvida que trazia sobre a mediunidade na Umbanda e a mediunidade Espírita esclareceu-se, infelizmente, de uma maneira muito triste e lastimável para  mim. As "verdades" (dos que acreditam tudo saber) muitas vezes são assim, deixam-nos triste, em desalento. Conversávamos sobre existir ou não diferença na mediunidade. O amigo esclarecia-me de não haver essa "diferença" entre Umbanda e Kardecismo, no trabalho espírita. Eu segurava as comunicações por que venho da Umbanda e há todo um ritual, o que não acontece no Centro Espírita. É diferente essa nova realidade para mim, a forma de se trabalhar, o ambiente, o rito, a falta dos pontos cantados e riscados. Eu, como médium, por exemplo, nunca apliquei passe, sempre foram os guias que me acompanham que o fizeram. Parece tudo tão distante de mim, ou,  mais próximo, ainda não sei. 

Quando fui levada para a Umbanda não precisei dizer nada, nem os búzios. Desde o primeiro instante a entidade espiritual, Obaluaiê ("santo-de-cabeça") manifestou-se e "falou" por si só. Eu apenas aceitei, entregando ao trabalho: a voz, o corpo, o pensamento. Nunca estudei sobre os Orixás, nem procurava saber sobre nada do que envolvia os trabalhos. Acreditei que sabiam o que estavam fazendo e sentia-me apenas instrumento de trabalho, bem como me sinto aqui nesta Casa. Sempre fui médium consciente, perceber, entregar-me conscientemente ao trabalho, porém, sem o domínio de mim mesma. Duvidar, sempre! Eu não sou de aceitar tudo como verdade incontestável, sempre estou cheia de indagações. Vou e volto, faço ressalvas, adoto algumas medidas, revejo meus conceitos e, assim, sigo a minha caminhada. Dizem que sou "inconstante", apenas sofro de constantes "metamorfoses", penso que todo ser humano precisa rever suas posições, tudo muda o tempo todo. Se assim não fosse, então, teríamos que prosseguir no erro para não voltar atrás?

"Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim" (Chico Xavier).

Um dia uma entidade da Casa e amigo, disse-nos: há pessoas jovens com espírito "velho" e há aquelas que são eternas crianças em processo de evolução. Talvez por isso, sinto-me ridícula, entrei para a fase adulta da vida, e não atingi a maturidade do espírito. A presença de Crispina (êre), hoje, parece veio confirmar a minha falta de evolução espiritual, segundo a entidade que nos assistiu no momento. Na Umbanda ela foi sempre reverenciada por seu trabalho, apesar de suas brincadeiras de criança. Joana do Sol é o seu nome.

Hoje, no trabalho, quando aquela consulente portadora de autismo procurou ajuda na Casa, fiquei em oração, como de costume."Quando nada se pode fazer, ore em silêncio" (Mentor). Eu nunca havia permitido passagem aos guias da Umbanda no Centro Espírita, pelas minhas dúvidas. Creio que seja melhor abster-me das manifestações enquanto elas perdurarem. As entidades da Umbanda: índios e caboclos, chegam gritando, com seus gestos quase sempre intempestivos, sempre parecendo em guerra, ou querendo varrer o mundo (Cessitaquara, Sutão das Matas, Aimoré). Neste instante em que escrevo, veio-me a lembrança de Iracema, que saudades! "... Na mata virgem, oh! meu Jesus, nasceu Iracema aos pés da Cruz". É linda a sua chegada, uma das mais doces, junto a Oxum (Odoiá! mamãe Oxum). Sei o quanto é difícil controlar as sensações, a euforia e a necessidade que eles possuem em trabalhar, mas, já me foi dito no primeiro encontro que no Centro Espírita não pode ser dessa forma. Teremos que evoluir juntos para depois as comunicações. Eu respeito as diretrizes da Casa, mas não comungo de nenhuma forma de preconceito contra qualquer crença ou religião. Cada qual de acordo com as suas necessidades.

Então, justamente naquele atendimento, quando me vi sem a presença do meu amigo e orientador espiritual, que me acompanhou por quatro meses seguidos, na Casa, ajudando-me na doutrina, e, com quem problematizava sobre a mediunidade na Umbanda e no Kardecismo, eis quem me surpreende o Êre. Não fui capaz de segurá-la, foi uma "explosão" de emoção e depois ....  Ela está acostumada ao trabalho e o faz muito bem com sua alegria e vivacidade, e, eu aprendi a amar. São os ibejis que trazem aos médiuns, na Umbanda, a revitalização energética após os trabalhos pesados das entidades espirituais que ali se apresentam. E, ouvir dessa entidade: "Êres não trabalham nesta Casa, porque não são espíritos evoluídos", bem como: "médium que dá passagem a Êres não é evoluído, e por isso não merece confiabilidade para os trabalhos", e ainda, "na minha equipe você não trabalha", então, fez-me entristecer. Ainda que seja regra da Casa, todos Espíritos, independente do seu grau de evolução, devem ser atendidos.

Neste instante deixei de me sentir apta para o trabalho, e como sempre penso, se não for para o bem de alguém, se não for para ajudar aquele que necessita de amparo, prefiro que Deus, na sua justiça e sabedoria infinita, retire-me a minha tão imperfeita mediunidade. Se for para, como "instrumento enferrujado" que sou, trazer o "tétano", ao invés da "cura", rogo a Deus que aparte de mim a mediunidade que me confiou. Sei que pode parecer piegas, orgulho ferido, vaidade, visto que sou um ser imperfeito e em processo de aprendizagem, e que desconheço sobre mediunidade, porém, existe algo que ainda é bom em mim, a capacidade de respeitar a fé do outro, a comoção pelas lágrimas daquele que chora em desespero. Quem sabe Deus não possa me mostrar um outro lugar, para que eu possa atuar como sua serva?

Desculpa-me Crispina! Eu não resisto à sua presença, minha pequena, e torno-me tão criança quanto a ti, mas podemos evoluir juntas, médium e erê, se assim o Senhor Jesus desejar.  Luzes minha pequena grande amiga, Joana do Sol. Salve!

Eu e os meus amigos espirituais da Umbanda acreditamos nos trabalhos dos ibejis. Sabemos que eles "brincam trabalhando" e "trabalham brincando", e que são grandes renovadores de nossos sentimentos. Quanto a serem categorizados "espíritos não evoluídos", não nos importa, pois que para a espiritualidade o que importa verdadeiramente é a caridade, o bem que se faz, e o desejo de evoluir, o que já é um grande passo para a evolução. Allan Kardec coloca que todos os espíritos devem ser recebidos pelos espíritas. Não se pode dizer; este não entra por que é inferior ou não evoluído, pois que, são os que mais necessitam de ajuda, de caridade. Por isso a minha primeira grande decepção com a Casa, ou melhor, com médiuns que, como na Umbanda, bem como em outras religiões, também sentem preconceito contra determinadas manifestações espíritas. Médiuns que, de certa maneira, ainda são influenciados pela arrogância e presunção de tudo saber, sem nada conhecer, por que não existe uma verdade absoluta. 

Sei que não foi a Espiritualidade quem agiu com tamanho preconceito, só se eu não conhecesse os pretos-velhos, na Umbanda. Sei o quanto são doces apesar da rudeza das suas palavras. Confio na sua elevação moral, não lhe caberia tal gesto. Porém, o médium não está livre de interferências malévolas em suas comunicações, bem como também não estou livre de um interpretação errônea motivada pela vaidade. É preciso o bom senso, e este me diz que, desistir novamente só vai atrasar a minha própria evolução. No entanto, ficar não significa aceitar tudo como verdade, nem fingir que não ouvi o que ouvi, assim é desacreditar de mim mesma. "A felicidade não está em não sentir dor, tristeza, mas em suportá-la".

Seguirei as orientações de um amigo muito especial, enquanto debruçava-me em soluços:

"Não duvide dos seus guias, não duvide de você. Ouça o seu coração. Tome sim, defesa do que acredita, os êres trabalham sim. Aqui não há superiores, todos estamos em evolução. Uns em um grau mais adiantado, outros ainda em adiantamento, mas todos melhorando-se, somente. Não se coloque assim, como uma figueira seca: frondosa mas que não dá frutos. Lute pela Humanidade. Lute pelo verdadeiro Espiritismo, onde a Caridade serve a todos, desde o mais pequenino. 'Que a vossa fé seja mais forte que os sofismas e as zombarias dos incrédulos, pois a fé que não desafia o ridículo dos homens, não é a verdadeira fé'. Não aceite a fé sem comprovação, essa filha cega da figueira. Segui os nossos conselhos, mas consciente dos fins que vos propagamos e dos meios que vos indicamos para atingí-los. Credes e esperai, sem fraquejar"  (Um Espírito Protetor, em 18-08-2011; às 11 hs e 20 min).

O preconceito existente contra qualquer crença ou religião denota uma falta de evolução espiritual. Poderia ir ainda mais distante, qualquer tipo de preconceito contra etnia, raça, cor, opção sexual, gênero, etc., implica na falta de Caridade, de respeito às diferenças, falta de amor ao próximo, falta de amor à Deus, por que aquele que não ama as suas criaturas e não ama as suas Leis, não pode amar ao Senhor: "Amai a Deus sobre todas as coisas, e ao próximo como a si mesmo", essa é a Lei do Amor.

O preconceito contra a Umbanda e o Candomblé advém da falta de esclarecimento, falta de conhecimento e da manifestação de uma cultura ultrapassada, ainda arraigada na alma humana. O preconceito contra as religiões de matizes africanas é a clara demostração de rejeição ao negro e as suas crenças ou crendices. É comum ouvir de pessoas "brancas", ditas cultas, eruditas que "essas coisas são coisas de preto", "coisas de gente  menor", ou, "uma pessoa com boa formação não se deixa levar por essas histórias de Espíritos". Eu já ouvi e sofri na pele esse tipo de descriminação contra a religião, seja ela: Umbanda, Candomblé, ou, mesmo o Espiritismo.

A falta de informação nos meios que se dizem Umbandistas contribui para o proliferação dessa cultura, bem como, em outros centros religiosos, onde ocorrem manifestações mediúnicas. Quando se trata de Exu, o misticismo é ainda maior. Os meus grandes amigos na Umbanda são os Exus. Sim,  Exus (laroiê Exu, laroiê Lebara). Exu é um Orixá, irmão de  Ogum, conhecedor de magias. Lebara é sua esposa. As pomba-giras (Pan Gira) são, na maioria, ciganas em evolução espiritual, por isso, trabalham para o bem, diga-se de passagem, são muito lindas! Maria Madalena, Marias Padilhas, todas eu admiro, respeito e permito a comunicação quando no trabalho da Umbanda. São guardiãs no terreiro de Umbanda. Todo inicio de trabalho canta-se para Exu, primeiramente. Por serem muito temidos, são eles que tomam conta da cancela. Em outras encarnações, muitos foram militares, ou trabalhadores que se fizeram respeitar por sua rigidez e força, e são conhecedores do astral inferior.

Muitos, do próprio culto, costumam confundir Exu com Espíritos malévolos que se apresentam nos terreiros. Estes são espíritos que abusaram do livre-arbítrio e trazem em si todo tipo de maldade, são os obsessores, vadios, marginais, zombeteiros que circulam pelo plano astral baixo, os quais tratamos, também, na desobsseção nos Centros Espíritas.

Os médiuns que sintonizam com esses espíritos não tem noção da real situação. No mais, não se pode confundir "Umbanda" (arte de curar), que trabalha para o bem e não sacrifica animais, com "Quimbanda" (magia negra). O mal existe em todos os lugares abaixo do Céu, em cima da Terra. Infelizmente, existem pessoas que, pelo desejo de vingança, fazem alianças inconfessáveis com o plano inferior, causando mal a si mesmo e para sua mediunidade, que é para o bem, tanto quanto para os consulentes. Muitos utilizam-se de nomes de entidades da Umbanda para serem respeitados e, assim, atuarem com maior liberdade em seu propósitos perniciosos. Na Umbanda a Caridade é também a lei maior.

Segundo o Espírito Ângelo Inácio, pelo médium Robson Pinheiro, em sua obra "Aruanda",  muitos Espíritos podem ser socorridos através do diálogo amável ou tratamento espiritual, que os fará acordar para uma nova existência. Outros há, que necessitam de choque anímico mediúnico dos denominados médiuns de terreiro. Através desse contato intenso com o ectoplasma do médium, são atendidos em suas necessidades. Há ainda, os que são muito endurecidos, tornando-se extremamente violentos, estes experimentam uma maneira de despertar através da ação dos caboclos guerreiros que fazem uma verdadeira limpeza energética nos perípiritos das entidades obsessoras, dando-lhes uma melhor aparência perispiritual, modicando o seu ser interior. Somente, então, serão encaminhados para o diálogo fraterno, na desobsessão dos Centros Espíritas,

"Na Umbanda, o processo obsessivo mais violento é solucionado por caboclos guerreiros por serem entidades temidas e respeitadas pela falange de espíritos conturbados e marginais do astral inferior (...) são muitas vezes conduzidos para as puxadas numa casa umbandista (...) depois são encaminhados para a reunião espírita, recebendo o amparo e o esclarecimento, de acordo com sua necessidade de assimilação." (Pinheiro. Aruanda, cap. 12).

Há de se concordar que, se os espíritos endurecidos, fossem levados diretamente para a desobsessão nos centros espíritas, provavelmente, os médiuns não atingissem os resultados esperados. Testemunho a favor, pois que, já vivenciei esses tratamentos no terreiro de Umbanda, digo-lhes mais, no Candomblé eles recebem tratamento ainda mais rigoroso por serem ainda mais primitivos e, por isso, mais violentos. Daí, não se poder dizer que uma religião é detentora da verdade.

No plano espiritual trabalha-se em conjunto. Todo o Universo trabalha em harmonia. Entre os Espíritos  existe, de acordo com o grau de elevação, diferentes ordens de Espíritos (L.E., questão 96), mas, não há superior, nenhum sobrepuja o outro. Cada Espírito conhece o seu trabalho e respeita o outro. Não confundir "superioridade" (preeminência/vantagem) com "hierarquia" (graduação). Os homens na Terra é que se preocupam em mostrar-se superior, detentor do saber. No plano espiritual, todos respeitam-se reciprocamente e, procuram cumprir, cada qual, a sua tarefa de acordo com o desígnio do Senhor.

"Meus amigos, agradecei a Deus, que vos permitiu gozar a luz do Espiritismo. Não porque somente os que a possuem possam salvar-se, mas porque, ajudando-vos a melhor compreender os ensinamentos do Cristo, ela vos torna melhores cristãos. Fazei, pois, que ao vos vendo, se possa dizer que o verdadeiro espírita e o verdadeiro cristão são uma e a mesma coisa, porque todos os que praticam a caridade são discípulos de Jesus, qualquer que seja o culto a que pertençam". Que Assim Seja!

Luz e Amor!



 Fora da Caridade não há Salvação

"Meus filhos, na máxima: Fora da Caridade não há Salvação, estão contidos os destinos do homem sobre a Terra e no Céu. Sobre a terra, porque a sombra desse estandarte, eles viverão em paz; e no Céu, porque aqueles que a tiverem praticado encontrarão graça diante do Senhor".
(Fora da Caridade não há Salvação, cap. XV; 10. O Evangelho Segundo o Espiritismo).

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"(...) Quem se faz instrutor deve valorizar o ensino aplicando-o em si próprio" (Joanna de Ângelis.