sábado, 19 de maio de 2012

Simplesmente Amor


Em 01-05-2012, às 09hs e 35min.

O amor é a essência de todas as coisas que Deus criou, pois que, Deus é amor. O bom desempenho de tudo a que se propuser fazer, depende do amor desprendido em sua função. O amor é o combustível que move todas as boas ações.

É o amor que dá sentido à todas as coisas em todo o Universo. Em um relacionamento afetivo, o amor não acontece a partir do ato sexual. O bom desempenho sexual se dá a partir do amor nele envolvido. A essência de todos os relacionamentos, seja de amizade, afetivo, profissional ou social, é o amor desprovido de qualquer outro interesse - o amor incondicional. O sentimento verdadeiro de amor se resume em uma única frase: "Amo-te apesar de...".

Gosta-se de várias coisas. Ama-se apesar de tudo. Gosta-se do jeito de ser, gosta-se da forma que se veste, gosta-se do perfume, gosta-se dos bens materiais que se possui, etc. Ama-se apesar de não se possuir bens materiais, apesar das faltas, apesar dos erros, apesar do amor não correspondido. Ama-se, simplesmente, enfim. Aconselha um provérbio chinês, muito sabiamente: "Ama-me quando menos eu merecer pois é quando mais preciso". 

O amor é a chave que abre todas as portas. Por isso, ame muito! Ame incondicionalmente, mas, não irracionalmente, pois que, o amor irracional constituí-se em paixão. A paixão é fruto do amor próprio movido do orgulho, da vaidade e do egoísmo inerentes a Alma e ao Espírito em evolução, por isso, não se converte em amor. O amor irracional é o amor que adoeceu, que perdeu a razão, logo, deve ser tratado como patológico. O amor é um sentimento, que livre de todas as paixões, proporciona a paz interior.

O amor, segundo Anete Guimarães (psicóloga e parapsicóloga), "é um sentimento dos Espíritos Evoluídos". A paixão não é um "sentimento" como se acredita ser, é uma "emoção" registrada pela Alma,  através das "sensações" sentidas pelo corpo físico. "Muitos a chama de amor, mas, raramente atravessa seu estágio embrionário" (...) "As paixões acontecem quando usamos nossas emoções sem ligá-las aos nossos sentidos mais profundos" (Espírito Hammed). O Espírito experimenta "sentimentos", a Alma "emoções" e, o corpo físico "sensações". Assim sendo, o amor é do Espírito, a paixão da Alma, o prazer do corpo físico.

O ato sexual, sensação percebida pelo corpo físico, em junção com o sentimento amor, que nasce do Espírito, liberta, edifica, reflete-se em paz e felicidade. Somando: (ato sexual + amor = paz interior). O ato sexual associado aos interesses próprios - as paixões - e, não ao amor,  reflete-se em cíúme, em posse e, em vingança (Anete Guimarães, palestra: Emoções). Assim, o ato sexual associado a vaidade resulta em ciúme; associado ao egoísmo resulta em posse; associado ao orgulho resulta em vingança. Toda atitude em junção com o amor, resulta em paz interior, o contrário, resulta em sofrimento próprio e/ou, de outrem.

Há muitas uniões realizadas entre promessas socialmente disfarçadas, mas, não há que se duvidar, foram negociações, comercializações ou aquisições econômicas. Quando a paixão se desfaz trazendo a realidade, desfaz-se também a ilusão de felicidade, causando sempre profundas mágoas, "produto amargo de nossa infelicidade amorosa". Então, culpa-se à Deus pela desilusão amorosa, colocá-a como sendo "débito do passado". "(...) é uma das infelicidades de que sois, a mais das vezes, a causa principal". "(...) Julgas, por ventura, que Deus te constranja a permanecer junto dos que te desagradam? Depois, nessas uniões, ordinariamente bucais a satisfação do orgulho e da ambição, mais do que a ventura de uma afeição mútua. Sofreis então as consequências dos vossos preconceitos" (Questão 940 - L.E.)

Do amor nasce a fé, "mãe da esperança e caridade". Das paixões nascem as frustrações, o ódio, a mágoa, o desânimo, o pessimismo. O amor causa na Alma uma emoção de paz e, no Espírito a felicidade. A paixão, quando satisfeita as necessidades, causa-nos alegrias, o que consideramos "momentos felizes", mas que cessam quando não satisfeitas, causando o sofrimento.

Quando perdemos um "grande amor", sofremos não pela perda do "ser amado", mas, pelas expectativas nele depositadas que foram frustradas. O sofrimento nos é dado pelo egoísmo da posse: "é meu!"; pela vaidade: "tem que ser assim" e; pelo orgulho: "senão, eu mato ou, eu morro". Não sofremos pelo "amor" que acabou, porque o amor não acaba. O que evolui, não regride. Sofremos pelo egoísmo, pelo orgulho e pela vaidade das paixões, que são contrárias ao amor. Não existe amor "verdadeiro", existe simplesmente amor. O que não é verdade é mentira, logo, não existe. O amor existe, ou não existe.

Contudo, o amor pode ser desenvolvido através da caridade, do fazer o bem. O amor se aprende na prática. Estamos na Terra, mundo de "provas" e "expiações", resgatando o amor que não aprendemos em outras existências. "Prova", segundo Samuel (Benfeitor Espiritual), "é sinônimo de oportunidade". Nós estamos neste plano como oportunidade para aprender a amar. Toda Escritura se resume nessa máxima de Jesus: "Amar à Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo". Se tivéssemos aprendido a amar, não se faria necessário os outros mandamentos, nem todos os esclarecimentos trazidos pelos Espíritos, que têm fundamentos nesse único mandamento, o amor sobre todas as coisas, estaríamos não mais no mundo de provas, mas, nos mundos celestiais.

Como nos ensina André Luiz, em Nosso Lar: "o amor é o alimento da Alma". O amor é para os Anjos Puros dos Mundos Celestiais,  assim como, a felicidade, fruto do amor, é para os Espíritos de Luz, aqueles que já passaram pelo mundo de regeneração,"o mundo transitório onde os Espíritos descansam e ante-vêem as alegrias que os esperam no mundo felizes" (Nazareno Feitosa). O amor, assim, é a chave para a felicidade. Assim Seja!

Luz e Amor!


  "Em algumas pessoas, os laços materiais são ainda muito fortes, para que o espírito se desprenda das coisas terrenas. O nevoeiro que as envolve impede-lhes a visão do infinito. Eis porque não conseguem romper facilmente com os seus gostos e seus hábitos, não compreendendo que possa haver nada melhor do que aquilo que possuem. (...) Reconhece-se o verdadeiro espírita pela sua transformação moral, e pelos esforços que faz para dominar suas más inclinações. Enquanto um se compraz no seu horizonte limitado, o outro, que compreende a existência de alguma coisa melhor, esforça-se para se libertar e sempre o consegue, quando dispõe de uma vontade firme." (Sedes Perfeitos, cap. XVII; 4. OEvangelho Segundo o Espiritismo).

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"(...) Quem se faz instrutor deve valorizar o ensino aplicando-o em si próprio" (Joanna de Ângelis.