Em 09-05-2012, às 06hs e 30mint.
Concluida a seleção para participar do grupo de socorro aos suicídas da Casa do Caminho. Foi um momento de grande expectativa esperar poder doar um pouco mais de mim em favor dos mais necessitados. Espíritos sofridos, que como eu, desistiram da jornada frente ao combate. O curso foi salutar para minha reforma íntima, mas, não o suficiente para o meu pronto reequilíbrio emocional e energético. A tristeza foi profunda ao constatar que, apesar do meu esforço em melhorar-me moralmente, ainda encontro-me em pleno tratamento espiritual, não podendo ingressar no grupo de espirítos auxiliares, ainda por conta do meu desatino.
A recuperação é lenta e gradual, faz tanto tempo, para mim, no plano terrreno, e ainda não me restabeleci por completo, nem sei quanto tempo durará o tratamento, as feridas são muitas, algumas já cicatrizadas, outras, ao menor contato com o meio hostil, retorrnam com a mesma intensidade do primeiro momento. As cicatrizes representam, no períspirito, a falta do perdão, se há cicatrizes na alma, o perdão não se efetivou. Eu me jugava curada, enganei-me. O trabalho mediúnico, seguido com fé e abnegação, será o remédio que ajudará no meu restabelecimento perispititual, algum dia.
A recuperação é lenta e gradual, faz tanto tempo, para mim, no plano terrreno, e ainda não me restabeleci por completo, nem sei quanto tempo durará o tratamento, as feridas são muitas, algumas já cicatrizadas, outras, ao menor contato com o meio hostil, retorrnam com a mesma intensidade do primeiro momento. As cicatrizes representam, no períspirito, a falta do perdão, se há cicatrizes na alma, o perdão não se efetivou. Eu me jugava curada, enganei-me. O trabalho mediúnico, seguido com fé e abnegação, será o remédio que ajudará no meu restabelecimento perispititual, algum dia.
Então, hoje, segui dialogando com Dr. Bezerra de Menezes, Mentor da Casa. Orientou-me que pegasse o livro com o qual presenteou-me e, mostrou-me, através dele, que não bastava somente boa-vontade em servir a Seara Espírita, mas, que é preciso ao missionário do auxílio espiritual, tanto na Crosta quanto na esfera espiritual ter grande domínio sobre si mesmo, espontâneo equilíbrio de sentimentos, acentuado amor aos semelhantes, alta compreensão da vida, fé rigorosa e profunda confiança no Poder Divino. São condições rigorosas para o serviço que ora se inicia na Casa e, que eu desejava ansiosamente desempenhar, mas, não poderei neste momento.
Alertou-me que nem eu, nem o Espírito que me acompanha nesta missão, encontramo-nos prontos para tal tarefa e que poderiamos sofrer danos mais profundos em nosso campo magnético, por ainda nos encontrarmos sensíveis pela própria contingência do ato cometido contra a vida. Colocou sobre doar energia, não somos senhores do benefício, mas, beneficiários que recebem para dar, somos simples elos de uma corrente de socorro, cujo orientação reside no Alto. "Somos algo semelhante a uma singela tomada elétrica, dando passagem à força que não nos pertence e que servirá na produção de energia e luz" (SCHUMBERT, Dimensões Espirituais do Centro Espírita, item 5).
Orientou-me que a principal preparação para o exercício da mediunidade é a interior. "É o mundo íntimo que devemos laborar". É a nossa trasformação moral e mental a cada momento. É fundamental, portanto, que haja uma consciência por parte do medianeiro sobre a grandeza e complexidade dos labores espirituais a fim de atuarmos de modo mais eficiente e produtivo. Trabalho é toda atividade para uma produção, e para bem produzir é necessário preparo. Todos somos capazes de servir ao Cristo, pois que Deus nos fez à todos iguais em sabedoria e inteligência, o que nos diferencia é o grau de evolução justificado pelo procurar ou não este preparo, em outras palavras, o desejo síncero e a dedicação em progredir. E, isto requer luta diária, desvelamento.
Disse-me que D.Yvonne Pereira, coordenadora, no plano espiritual, do trabalho suicída, também gostaria que que pudesse participar e aguarda a minha pronta-recuperação para tal convocação, e por preocupar-se com o estado de fragilidade em que me encontro, nesse instante, achou de bom tom postergar a minha inclusão no grupo. Encontro-me cheia de angústias e medos, o que permite vibrar em sintonia com o baixo-astral, podendo atrair para meu corpo físico as chagas e sofrimentos do plano inferior, resultando no desequilíbrio energético vital. O contato, nesse momento, com entidades carregadas de tão baixa energia fluídica poderia suprimir a minha energia, levando-me a adoecer profundamente, ou mesmo, ao desencarne súbito. Ficamos tristes por não conhecermos as dimensões de um trabalho no plano espiritual, que está para muito além da nossa consciência terrena. Senão, ao invés de lastimarmos, agradeceriamos a intercessão Altissíma.
Percebe que estou melhorando, e que a espiritualidade da Casa estará trabalhando junto à mim para o meu refazimento, no entanto, a minha cura dependerá da minha própria vontade, do desejo profundo em querer mudar intimamente, vigiando, orando e estudando sempre. Aproveitando, cada novo dia, em que Deus, na sua infinita misericórdia, dá-nos uma nova página em branco para reescrevermos nossa própria história.
Disse a Dr. Bezerra que neste um ano que estou na Casa, parece-me uma eternidade. Ele esclareceu-me que para o Espírito pode realmente ser uma eternidade. O tempo na Crosta não é o mesmo no plano espiritual, porque não ficamos presos aos sentimentos, estamos sempre fazendo coisas novas e o tempo parece que "vôa". Porém, para alguns Espíritos, ainda presos às sensações vividas no momento do desenlace da matéria permanecem estacionados, logo, o tempo torna-se uma eternidade, em especial, para os suicídas. Estes demoram o tempo que deveriam completar sua jornada terrena e que a abreviou, violando a Lei Divina, então, as lembranças é o seu cárcere. Alguns levam até séculos sem conseguir sair do ponto de partida, revivendo o seu ato fatídico.
Para alguns Espíritos, somente a reencarnação pode aliviá-los de tamanho sofrimento. Devemos ter cuidado com o que pensamos pois a morte vem em silêncio e arrebata-nos a vida sem se anunciar. Quando dizemos: "vou te odiar por toda eternidade", podemos estar dando ao espirito a sua própria sentença, pois, naquele instante a morte pode surgir sorrateira e esse espírito experimentará esse ódio eternamente, ou, até que, através do processo evolutivo pelo qual todos os Espíritos, encarnados ou não, têm que passar, arrependa-se.
Outros dizem: "nosso amor será eterno", e assim se cumpre. Porém há amor que não é permitido o reencontro. Tudo está de acordo com o merecimento de cada um. Aquele que atingiu a luz não precisa mais reencarnar, até pode, se for de sua vontade e permissão Divina, para ajudar àquele que ficou preso às suas más inclinações. Ambos, o que ficou no plano terreno e o que evoluiu, estando reencarnado, não mais lembrarão da jura de amor, mas, o amor estará presente ainda assim, até a eternidade, porque o amor não morre jamais. O amor é o indíce do alto grau de evolução espiritual, logo, não se regride. Espíritos unidos pelo amor estarão sempre juntos, ainda em missões diferentes, num plano ou em outro, encontrarão-se um dia.
Deus não é somente sábio e justo, é também misericordioso. Agora compreendo melhor a misericórdia Divina e aceito com alegria ter sido poupada do trabalho de socorro aos suicídas, neste momento. Costuma-se dizer, no meio espírita, que tudo é de acordo com o merecimento de cada um, mas, será que realmente recebemos o que merecemos? Não. Senão fosse pela misericórdia do Pai que está no Céu, o nosso sofrimento seria bem maior do que, muitas vezes, queixamos-nos. Somos tão egoístas, orgulhosos, vaidosos, que a nossa presunção leva-nos a crer que não merecemos tal sofrimento, e, ainda, tão ingratos, que culpamos à Deus de injusto, enquanto deveriamos de joelhos, render-Lhe graças pelo pouco sofrimento, que nós mesmos nos imputamos.
Deus não quer o sofrimento de suas criaturas, por isso, dá-nos sempre a oportunidade da regeneração. Se o permite é tão somente para que possa ocorrer a transformação moral, pois que Deus, Princípio de Inteligência Universal, nada permite por acaso, mas por um motivo justo. O sofrimento só é permitido para um bem maior. Deus deseja, simplesmente, o arrependimento síncero de nossos corações, presos na ignorância da arrogância.
Provavelmente, as emoções que iria experimentar no grupo de socorro aos suicídas não seriam benéficas neste estágio em que me encontro. Talvez ficasse exposta a sentimentos e sensações de tamanha intensidade, que intensificaria, ainda mais, o meu sofrimento, e como dito anteriormente, Deus não é somente justo, é infinitamente misericordioso e não dá a nenhum de seus eleitos um sofrimento maior do que possa carregar.
Assim sendo, rendo louvores e graças ao Senhor meu Deus, por muito me amar. Não pude no momento do encerramento da reunião com D. Yvonne Pereira, agradecer-lhe a oportunidade de ter participado dos estudos para a formação do novo grupo de socorro aos suicídas, nem a Dr. Bezerra, meu benfeitor espiritual maior, o que aproveito agora a oportunidade de fazê-lo. O entendimento é o maior legado que podemos deixar de herança. A experiência adquirida jamais se apaga de nossa mente, acompanhando-nos ao infinito. Obrigado meu Mestre Maior, Jesus Cristo, por fazer-me entrar em contato com a minha real condição espiritual e por permitir seguir na mediúnica, o remédio indicado para as dores de minh'alma.
Nesse momento em que se encerra o nosso diálogo, recebo, finalmente, a autorização para publicar os relatos sobre a minha experiência durante a permanência no grupo de socorro aos suicídas, para a qual, solicito a inspiração dos Amigos Benfeitores que ora acompanham-me nesta jornada. Assim Seja!
Luz e Amor!
Disse-me que D.Yvonne Pereira, coordenadora, no plano espiritual, do trabalho suicída, também gostaria que que pudesse participar e aguarda a minha pronta-recuperação para tal convocação, e por preocupar-se com o estado de fragilidade em que me encontro, nesse instante, achou de bom tom postergar a minha inclusão no grupo. Encontro-me cheia de angústias e medos, o que permite vibrar em sintonia com o baixo-astral, podendo atrair para meu corpo físico as chagas e sofrimentos do plano inferior, resultando no desequilíbrio energético vital. O contato, nesse momento, com entidades carregadas de tão baixa energia fluídica poderia suprimir a minha energia, levando-me a adoecer profundamente, ou mesmo, ao desencarne súbito. Ficamos tristes por não conhecermos as dimensões de um trabalho no plano espiritual, que está para muito além da nossa consciência terrena. Senão, ao invés de lastimarmos, agradeceriamos a intercessão Altissíma.
Percebe que estou melhorando, e que a espiritualidade da Casa estará trabalhando junto à mim para o meu refazimento, no entanto, a minha cura dependerá da minha própria vontade, do desejo profundo em querer mudar intimamente, vigiando, orando e estudando sempre. Aproveitando, cada novo dia, em que Deus, na sua infinita misericórdia, dá-nos uma nova página em branco para reescrevermos nossa própria história.
Disse a Dr. Bezerra que neste um ano que estou na Casa, parece-me uma eternidade. Ele esclareceu-me que para o Espírito pode realmente ser uma eternidade. O tempo na Crosta não é o mesmo no plano espiritual, porque não ficamos presos aos sentimentos, estamos sempre fazendo coisas novas e o tempo parece que "vôa". Porém, para alguns Espíritos, ainda presos às sensações vividas no momento do desenlace da matéria permanecem estacionados, logo, o tempo torna-se uma eternidade, em especial, para os suicídas. Estes demoram o tempo que deveriam completar sua jornada terrena e que a abreviou, violando a Lei Divina, então, as lembranças é o seu cárcere. Alguns levam até séculos sem conseguir sair do ponto de partida, revivendo o seu ato fatídico.
Para alguns Espíritos, somente a reencarnação pode aliviá-los de tamanho sofrimento. Devemos ter cuidado com o que pensamos pois a morte vem em silêncio e arrebata-nos a vida sem se anunciar. Quando dizemos: "vou te odiar por toda eternidade", podemos estar dando ao espirito a sua própria sentença, pois, naquele instante a morte pode surgir sorrateira e esse espírito experimentará esse ódio eternamente, ou, até que, através do processo evolutivo pelo qual todos os Espíritos, encarnados ou não, têm que passar, arrependa-se.
Outros dizem: "nosso amor será eterno", e assim se cumpre. Porém há amor que não é permitido o reencontro. Tudo está de acordo com o merecimento de cada um. Aquele que atingiu a luz não precisa mais reencarnar, até pode, se for de sua vontade e permissão Divina, para ajudar àquele que ficou preso às suas más inclinações. Ambos, o que ficou no plano terreno e o que evoluiu, estando reencarnado, não mais lembrarão da jura de amor, mas, o amor estará presente ainda assim, até a eternidade, porque o amor não morre jamais. O amor é o indíce do alto grau de evolução espiritual, logo, não se regride. Espíritos unidos pelo amor estarão sempre juntos, ainda em missões diferentes, num plano ou em outro, encontrarão-se um dia.
Deus não é somente sábio e justo, é também misericordioso. Agora compreendo melhor a misericórdia Divina e aceito com alegria ter sido poupada do trabalho de socorro aos suicídas, neste momento. Costuma-se dizer, no meio espírita, que tudo é de acordo com o merecimento de cada um, mas, será que realmente recebemos o que merecemos? Não. Senão fosse pela misericórdia do Pai que está no Céu, o nosso sofrimento seria bem maior do que, muitas vezes, queixamos-nos. Somos tão egoístas, orgulhosos, vaidosos, que a nossa presunção leva-nos a crer que não merecemos tal sofrimento, e, ainda, tão ingratos, que culpamos à Deus de injusto, enquanto deveriamos de joelhos, render-Lhe graças pelo pouco sofrimento, que nós mesmos nos imputamos.
Deus não quer o sofrimento de suas criaturas, por isso, dá-nos sempre a oportunidade da regeneração. Se o permite é tão somente para que possa ocorrer a transformação moral, pois que Deus, Princípio de Inteligência Universal, nada permite por acaso, mas por um motivo justo. O sofrimento só é permitido para um bem maior. Deus deseja, simplesmente, o arrependimento síncero de nossos corações, presos na ignorância da arrogância.
Provavelmente, as emoções que iria experimentar no grupo de socorro aos suicídas não seriam benéficas neste estágio em que me encontro. Talvez ficasse exposta a sentimentos e sensações de tamanha intensidade, que intensificaria, ainda mais, o meu sofrimento, e como dito anteriormente, Deus não é somente justo, é infinitamente misericordioso e não dá a nenhum de seus eleitos um sofrimento maior do que possa carregar.
Assim sendo, rendo louvores e graças ao Senhor meu Deus, por muito me amar. Não pude no momento do encerramento da reunião com D. Yvonne Pereira, agradecer-lhe a oportunidade de ter participado dos estudos para a formação do novo grupo de socorro aos suicídas, nem a Dr. Bezerra, meu benfeitor espiritual maior, o que aproveito agora a oportunidade de fazê-lo. O entendimento é o maior legado que podemos deixar de herança. A experiência adquirida jamais se apaga de nossa mente, acompanhando-nos ao infinito. Obrigado meu Mestre Maior, Jesus Cristo, por fazer-me entrar em contato com a minha real condição espiritual e por permitir seguir na mediúnica, o remédio indicado para as dores de minh'alma.
Nesse momento em que se encerra o nosso diálogo, recebo, finalmente, a autorização para publicar os relatos sobre a minha experiência durante a permanência no grupo de socorro aos suicídas, para a qual, solicito a inspiração dos Amigos Benfeitores que ora acompanham-me nesta jornada. Assim Seja!
Luz e Amor!
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"(...) Quem se faz instrutor deve valorizar o ensino aplicando-o em si próprio" (Joanna de Ângelis.