domingo, 18 de novembro de 2012

O quê Deus quer de mim?




Em 18-11-2012, às 8hs.

Acordei pensando em um convite que recebi da Casa Espírita em que trabalho, quando passava por um momento de aflição, por Drº Bezerra de Meneses. Pensei: "Drº Bezerra, Espírito elevado que é, tem mais o que fazer do que preocupar-se comigo". Logo veio em minha mente, a mesma resposta que obtive na ocasião: "O que importa não é o Espírito que fala, mas, o que se fala". Sorri internamente: "sim, é verdade". Os Espíritos elevados têm seus mensageiros de luz. "Conhece-se os Espíritos pela comunicação e não pelo nome com que se apresenta". (L.E.).

Estava preparando-me para o Evangelho no Lar, quando busquei refletir sobre os problemas que afligem a minha alma neste momento, as incertezas, a espera do que parece não chegar, essa busca sem fim de uma resposta concreta para tudo. Silenciei-me. "O que Deus tem para mim?", indaguei. Responderam-me do plano invisível:

"O que Deus quer de mim? E, não, o que Deus tem para mim? Eis a pergunta que devemos nos fazer.

O que Deus tem reservado para todas as suas criaturas é  a felicidade eterna. Felicidade que não é deste mundo, destinada somente aos Espíritos Puros.

O que Deus quer de mim? Que aprendamos a amar: "Amarás ao Senhor teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento, este é o maior e o primeiro mandamento. E o segundo, semelhante a este: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo". (Mateus, XXII;34-40). Não há nada mais importante neste mundo do que aprender a amar. Amar a Deus é não ferir o seu semelhante. Amar é uma ação da caridade. Jesus disse: "Não espera, faça". Se eu quero ser feliz, vou fazer ao outro o que eu gostaria que fizessem por mim, porque hoje eu conheço a doutrina espírita, porque hoje conheço os Ensinamentos de Jesus. Na antiguidade, quando a religiosidade era contemplada, dizia-se: "Fora da igreja não há Salvação". Hoje, a Doutrina Espírita, através dos Ensinamentos do Evangelho, ensina: "Fora da Caridade não há Salvação". Não importa o credo, se és o maior ou o menor, o que importa é a caridade. Tudo mais o que passamos e encontramos na vida terrena são apenas os meios que Deus se utiliza para conseguirmos vencer os nossos vícios.

Para Deus tem um propósito maior. Nada é por acaso, pois que Deus é "Princípio Intelegente". Se permite a doença é para curar a nossa arrogância. Se permite a pobreza é para curar a nossa avareza. Se permite a riqueza é para provar a nossa bondade. Se permite a fraqueza é para curar o nosso orgulho. Se permite o desepero é para ensinar a fé. Se permite o sofrimento é para ensinar a caridade. Se permite a tormenta é para auxiliar no caminho da luz. Se nos entregou o Vosso Filho é para que, envolvidos no vosso sublime amor, aprendamos o perdão. O perdão é o único remédio para  todos os males da alma. As doenças física são de causas morais. O ressentimento, fruto do orgulho ferido, guardados em nós, destrói o nosso períspirito e deixa marcas profundas no corpo material. O ódio nos arrebenta por dentro, somente o perdão nascido do amor pode curar.

Quando pratica-se o bem ao próximo é a si mesmo que se faz a caridade.  Estamos aqui, no órbe terrestre, planeta de provas e expiações, para a nossa própria recuperação e, não somente para a do outro. Trabalhamos para nós mesmos, para a nosssa própria evulução. O outro é meramente instrumento, é o meio que Deus se utiliza para o nosso benefício, bem como somos instrumentos para a elevação do outro. O orgulho e o egoísmo é que não nos permite ver os propósitos do Senhor. Reconhecer-se como meros instrumentos da vontade Divina é uma das mais belas virtudes: a humildade.

O orgulho, ao contrário, é o pai de todos os vícius: da prepotência e da arrogância. Somos prepotentes e arrogantes quando acreditamos ser graça a nossa "boa vontade" que o outro se levantou: "Se eu não fosse bom, ele estaria no chão!". Quantas vezes essa mão levantada não passa de soberba. Coloca-se o outro mais a baixo, humilha, para poder se enaltecer da caridade. Quantas vezes a mão estendida é a que atira para o fosso antes mesmo de retirar do poço. Quantas vezes a mão estendida ali permanece esperando o aperto de gratidão. E, fecha-se imediatamente na malediscência, a mais vil de todas vicissitudes, pois, fechasse todas as outras mãos.

Amar é não colocar condições, é ter boa vontade. A beleza do dia é caridade. A dor por mais terrível que seja, ela passa. O sorriso é caridade. Na caridade estão contidas todas as outras formas de amar: a benevolência, o devotamento, a indulgência, o levantamento. Devemos ter em mente que devemos ir de encontro com a miséria, ser indulgentes com o nosso semelhante. Ajudar sem julgar: "ele é drogado", "ele fuma", "ele rouba". Compreender que a justiça é Divina, não é humana. A justiça alonga todas as relações com o nosso semelhante. A justiça só é válida com amor e caridade. Fazer justiça é fazer o bem ao semelhante, o bem que procuramos.

Nós somos as respostas para tudo o que buscamos compreender e "o amor será sempre o que você fizer dele" (Sinal Verde, André Luis). O tempo não espera por ninguém. O hoje é uma dádiva e, por isso é chamado de presente. Hoje é o dia de mudar. Que Assim Seja!".

Um irmão em Cristo.




"Amar ao próximo como a si mesmo como a si mesmo; fazer aos outros como queriamos que nos fizessem", eis a expressão mais completa da caridade, porque ela resume todos os deveres para com o próximo. Não se pode ter, neste caso, guia mais seguro, do que tomando como medida do que se deve fazer aos outros, o que se deseja para si mesmo. Com que direito exigiriamos de nossos semelhantes melhor tratamento, mais indulgência, benevolência e devotamento do que lhe damos? A prática dessas máximas leva à destruição do egoísmo. Quando os homens as tomarem como normas de conduta e como base de suas instituições, compreenderão a verdadeira fraternidade, e farão reinar a paz e a justiça entre eles. Não haverá mais ódios nem dissenções, mas união, concórdia e muita benevolência" (Amar o próximo como a si mesmo, cap. XI; 4. O Evangelho Segundo o Espiritismo).







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"(...) Quem se faz instrutor deve valorizar o ensino aplicando-o em si próprio" (Joanna de Ângelis.