domingo, 16 de outubro de 2011

Dístico Espírita

Procurava um nome para o meu blog, um nome que, por si mesmo, explicasse o significado do que desejo revelar através do meu Diário Espírita. Nenhum nome era aceito (diário, diálogo, etc.), então abri o dicionário da língua portuguesa, da mesma forma como faço com o Evangelho Segundo o Espiritismo, de Allan Kardec, meu dedo ficou em cima desta palavra "dístico", não haveria outra melhor para falar do que somos na verdade: grupo de dois versos, máxima de dois versos, divisa, é o que verdadeiramente somos no plano terrestre: corpo/alma; matéria/espírito; divisa entre o plano terreno e plano espiritual.

O que me proponho neste diálogo espiritual é mostrar a todos que ainda não acreditam na vida após a morte, que a vida não se encerra aqui, e poder compartilhar das minha experiências "extra corpórea", com aqueles que já atingiram esse grau de compreensão. Experiências vivenciadas ainda neste plano, pois que, estamos aqui para evoluir. E assim, despertar no leitor a consciência do "eu espírito". Nós somos espíritos, e não apenas temos um espírito.

A meta que espero alcançar, por intermédio desse Diário Espírita, é mostrar e buscar compreender o espiritismo na nossa vivência cotidiana, que não precisamos "morrer" para esta vida, nem nos debruçarmos em livros ou frequentarmos templos para perceber os fenômenos espíritas, já que esses ocorrem a partir de nós mesmos, apenas não os compreendemos porque procuramos explicações "fora de nós". Talvez, quando for possível olharmos para "dentro de nós" e enxergarmos os nossos vários "Eus",  então, consigamos tornar-nos de fato espíritas, ou seja, verdadeiros cristãos, porque Cristo reside em cada um de nós e tudo em nós é manifestação Divina. É fácil segui-lo, é só ouvir a voz que fala o coração.

O conhecimento só é possível quando compartilhado com o outro. É somente na troca de experiências que se dá a Verdadeira Evolução. A troca com o outro nos faz um pouco menos egoístas e verdadeiramente sábios. Sábios não porque nos tornamos donos da verdade, mesmo porque o sábio entende que nada sabe e procura, então, aprender mais. Verdadeiramente sábios porque passamos a nos ver no outro e, vendo-nos no outro, aprendemos a máxima deixada pelo Mestre Jesus: "Amai ao próximo como a ti mesmo". Percebendo-se no outro, pensa-se antes de julgar ou de ferir o seu semelhante. Assim, então, pratica o amor à Deus: "Amai ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de todo o teu pensamento e de todo o teu entendimento". E ninguém ama a Deus senão amar o seu próximo, e nem a seu próximo senão amar a Deus (E.S.E.).

Crendo em Deus, creio nos Espíritos, pois que Deus é a essência soberana que movimenta a vida e, o Espírito é vida. Deus está em todas às partes, em toda criatura, é a inteligência suprema que irradia em todos os pontos do Universo. "A prova de Sua existência está na ordem e na sabedoria admiráveis que se manifesta nas mínimas como nas máximas coisas. As almas que nas asas da prece para ele se elevam, sentem a sua presença e o poder do seu amor imenso que se estende a todos os seres sem exceção" (Cairbar Schutel).

Convido assim, a todos vocês que desejarem se conhecer um pouquinho mais, a olharem para dentro de si mesmos, através do meu diário espírita. Creio que em algum parágrafo, ou reticências, vocês se encontraram junto à mim. Quem sabe, não descobriremos juntos que já compartilhamos de uma mesma existência. Quem sabe não nos encontraremos, enfim!

 LUZ E AMOR!



 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

"(...) Quem se faz instrutor deve valorizar o ensino aplicando-o em si próprio" (Joanna de Ângelis.