segunda-feira, 18 de março de 2013

Da reencarnação a velhice: o compromisso com nossos pais



 "o jovem de hoje, pelas determinações biológicas do Planeta, será o velho de amanhã; e o ancião de agora, pela lei sublime da reencarnação, será o moço do futuro" (André Luiz)


Em 17-03-2013, às 15hs.

Drª. Anete Guimarães (psicóloga e parapsicóloga), em sua palestra “Reencarnação”, mostra que na reencarnação o Espírito nasce adulto e lúcido, com a consciência de si mesmo, ele apenas dorme. Durante a primeira infância, o Espírito passa mais tempo de sua vida no mundo espiritual, e, somente após está fase, ele perde a consciência de si e adquire a consciência de criança, passando o se integrar mais ao mundo físico. 

André Luiz coloca que a reencarnação começa com a fecundação e se completa aos sete anos de idade. Na fecundação o Espírito está ligado ao corpo por uma única célula, a célula mãe ou “óvulo” fecundado, que vai se dividindo pouco a pouco, formando milhares de células que vão se ligando ao corpo. A reencarnação se completa somente aos sete anos de idade, quando biologicamente todas as células orgânicas estão completas, período em que se inicia a sexualidade. Na reencarnação o Espírito nasce adulto, é o que comprova os estudos espíritas. Quando um vidente vê um espírito reencarnando, o vidente o vê uma "pessoa adulta", um espírito adulto. De acordo com a palestrante, Divaldo Franco é um exemplo de vidente que confirma essas aparições.

Conforme apresenta  Drª. Anete Guimarães, o recém nascido fica acordado cerca de 2 a 3 horas, significa dizer que ele está mais ligado ao mundo espiritual. Aos seis meses o bêbe dorme em média 14hs. Aos três anos diminui para 12hs. Dos três aos sete anos dorme, aproximadamente, 10hs/12hs. Nesse período, a maior parte da vida do Espírito é no mundo espiritual. Gradualmente ele vai se ligando ao corpo orgânico e se integrando ao mundo físico. A partir dos sete anos de idade dorme até 8hs, isso porque "o cérebro entra em atividade e exige a atividade do perispírito". Na idade adulta começa a diminuir, 

A criança, dos três aos sete anos de idade, começa a perder a consciência passada e adquire a consciência presente, ou seja, perde a noção de si mesmo, como Espírito adulto, e passa a adquirir a noção de criança. Uma prova disso, coloca Drª. Anete Guimarães, são as “memórias espontâneas”, crianças de três anos de idade lembram de existência passada, por volta dos cinco anos de idade começa a desaparecer, é quando o Espírito perde a consciência de si mesmo e começa a ser criança. Um bêbe reencarnado, até 3-4 anos de idade, é na verdade um Espírito adulto lúcido que guarda lembranças do que vive, ouve e sente e, reage como um adulto. “Quando se coloca um bêbe em um ambiente hostil, quem recebe a hostilidade é o Espírito adulto e os adultos costumam a reagir muito mal”,  o que explica muitos transtornos mentais e certos comportamentos, como o de rejeição da criança pela mãe. 

Como explica Drª. Anete Guimarães, quando o bebê é rejeitado, o Espírito adulto entende a rejeição, ele escuta o que a mãe está dizendo: “eu não quero você”, “você é um estorvo”, dependendo do grau evolutivo do Espírito, ele pode ou não assimilar esse ódio. Reencarnar é um processo muito difícil para o Espírito, ele é completamente indefeso apesar de lúcido e nada pode fazer diante do ambiente hostil.

Contudo, o transtorno é do Espírito, conforme coloca Drª. Anete. Os pais podem atenuar ou agravar o problema, mas, o agente responsável pelo seu transtorno é o próprio Espírito. A mãe é co-responsável. "Muitas, em vez de expulsar por meio da educação os maus princípios inatos, entretem e desenvolvem esses princípios, por descuido ou por fraqueza da qual é culpada" (E.S.E., cap. XIV; 9). Se o Espírito tiver algum grau de evolução não irá assimilar esse ódio, ele vai perdoar e buscar conquistar esse amor. Tudo vai depender do potencial que trás esse Espírito. Como exemplo, cita Chico Xavier, que sofreu toda forma de rejeição, pobreza e, no entanto, não se deixou contaminar pelo ambiente hostil, devido a sua evolução espiritual. Jesus é o maior de todos os exemplos, nasceu pobre, foi hostilizado e deixou como Ensinamento "Amai-vos uns aos outros, como eu vos amei". O Espírito tem sempre a opção de amar ou odiar de acordo com a sua evolução moral. 

“O corpo procede do corpo, mas o Espírito não procede do Espírito, porque este já existia antes do corpo. O pai não gera o Espírito do filho: fornece-lhe apenas o envoltório corporal, mas deve ajudar seu desenvolvimento intelectual e moral, para fazê-lo progredir” (E.S.E., cap. XIV; 8). Quando encarnamos, recebemos uma carga de fluidos vital (fluido da vida). A quantidade de fluido vital não é igual para todos os seres orgânicos. Isso dependerá da necessidade reencarnatória de cada um. Quando a quantidade do fluido vital se esgota, então, morre o corpo orgânico (L. E., questão 68-70). No instante da morte, o Espírito deixa o corpo que o abrigou momentaneamente e “retorna ao mundo dos Espíritos” (L. E. questão 149).   

Como explica André Luiz, "infância, juventude, madureza e velhice são simples fases da experiência material". Envelhecer representa para o Espírito a fase reversa da reencarnação. Diante da senilidade, o Espírito perde a lucidez e não se percebe Espírito como se percebia no momento da reencarnação. "A velhice, pois, como índice de senilidade improdutiva ou enfermiça, constitui, portanto, apenas um estado provisório da mente que desistiu de aprender e de progredir nos quadros de luta redentora e santificante que o mundo nos oferece" (André Luiz). Cabe ao filho, nesse momento, como prova de progresso espiritual, ampará-lo em sua velhice e assegurá-lo de um egresso feliz à Pátria Espiritual. É necessário, portanto, a compreensão de que "o jovem de hoje, pelas determinações biológicas do Planeta, será o velho de amanhã; e o ancião de agora, pela lei sublime da reencarnação, será o moço do futuro" (André Luiz, do livro "Correio Fraterno", Francisco Cândido Xavier).




Eis um dos mandamentos da Lei de Deus: "Honra a teu pai e a tua mãe” (E.S.E., cap. XIV; 3). Deus coloca no imperativo o dever que temos para com os nossos pais. O dever de gratidão, de piedade filial, de respeito, de obediência e de condescendência, ou seja, temos a obrigação da caridade, de maneira ainda mais rigorosa, para com eles. Devemos assisti-los em suas necessidades na velhice, cercando-os de solicitude, como eles por nós fizeram na infância. A missão dos pais é educar os filhos, educar os Espíritos. Aos pais que não conseguiram cumprir com a missão destinada a eles, por Deus, somente compete ao Senhor, julgá-los e puni-los. O nosso dever para com Deus é o amor ao próximo, e, não há ninguém mais próximo de nós que os nossos pais. Se devemos ser indulgentes com os nossos inimigos, essa obrigação se faz ainda maior com os nossos pais. Compreender as suas faltas é ser indulgentes com eles. Certos comportamentos, que para nós não representam sequer uma falta, aos olhos de Deus são crimes, e, um deles é a ingratidão dos filhos para com os pais, especialmente na velhice. 

A Terra é um espaço para se progredir. A hostilidade vem, muitas vezes, de existências passadas. Os Espíritos podem se reunir numa mesma família como prova, “o contato incessante dos seres que ele odiou é uma prova terrível, da qual às vezes sucumbe, se a sua vontade não for bastante forte (...) segundo a boa ou má resolução que prevalecer, ele será amigo ou o inimigo daqueles em cujo meio foi chamado a viver” (E.S.E., cap. XIV; 9). A resposta que o Espírito dá ao comportamento hostil dos pais ou ambiente depende do seu grau evolutivo. Então, não cabe aos filhos culpa-los por seus desajustes. Acreditar-se perfeito é uma imperfeição do Espírito, faz parte do orgulho e o orgulho é contrário à caridade. Antes de cobrar do outro qualidades, olhe para si e veja se as tem. Que Assim Seja!

Luz e Amor! 


"Então lhe apresentaram uns meninos para que os tocasse, mas os discípulos ameaçavam os que lho apresentavam. O que, vendo Jesus, levou-o muito a mal, e disse-lhes: Deixai vir a mim os pequeninos, e não os embaraceis, porque o Reino de Deus é daqueles que se lhes assemelham. Em verdade vos digo que todo aquele que não receber o Reino de Deus como uma criança, não entrará nele. E abraçando-os, e pondo as mãos sobre eles, os abençoava" (Marcos, X; 13-16)
 (Bem-Aventurados os Puros de Coração, cap. VIII; 2. O Evangelho Segundo O Espiritismo)


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