Em 30/04/2015; às 19:00 hs e 00:30 min.
Pensava, até aqui, que escrever este blog seria desenvolver uma ferramenta para ajudar aos outros que estivessem vivendo situações semelhantes a compreenderem, sob uma outra ótica - a espiritualista, o seus conflitos existenciais. Somente agora, pude me atentar de que o que escrevo é tão somente para mim mesma, ainda que compartilhada a experiência, porque eu sou eu, na minha plenitude, e o outro é o outro na sua vivência. E, ninguém é responsável pelo outro. A nossa responsabilidade é para com a nossa própria vida.
A vida é responsabilidade de cada ser, individualmente. As trocas, elas existem e são necessárias para a evolução, são mesmo maravilhosas, mas a vida é de cada um, independente. Deus não fez cópia de ninguém, e nem a ciência foi capaz de fazê-la. Não reencarnamos na Terra para ajudar a salvar ninguém, podemos até orientar, mas não conduzir a vida do outro com a nossa vivência. Cada qual tem que construir sua própria trajetória, dentro de suas necessidades evolutiva, e adquirir o seu próprio aprendizado. O outro pode até nos fortalecer, mas as escolhas são sempre nossas.
O mais importante da vida é o que está dentro de nós, e não o que está fora. O que está dentro é o nosso Ser, o que está fora é tão somente ilusão. Se deseja ser feliz, cultive a felicidade dentro de si mesmo, assim, por onde você caminhar, lá ela estará a te acompanhar. A felicidade é possível sim, nós não a encontramos não porque ela não exista, mas, porque ainda somos muito imperfeitos para buscá-la dentro de nós. Ainda estamos no estágio das emoções e as emoções são traiçoeiras, são despertas pelas paixões, e as paixões são vícios, é o amor adoecido. A felicidade está no amor pleno, o amor que ainda não buscamos em nós, confiando-o aos outros.
Comumente, são os outros que conduzem nossa vida. Nós damos nosso poder aos outros sem perceber, e depois os acusamos da nossa infelicidade. Deus não criou ninguém para a infelicidade ou sofrimento. Criou-nos à sua imagem e semelhança, dando-nos o poder de criar sobre a nossa própria existência (livre-arbítrio). Somos os seus herdeiros Universal. O Universo é nosso, com toda sua riqueza e esplendor, nós é que não sabemos dispor deste poder. Todos temos o mesmo poder, como filhos do Criador, ninguém precisa parar a sua própria vida para ajudar a ninguém, podemos até fazê-lo, se assim o coração pedir, se alegrar, que é uma manifestação do Espírito, mas não precisa se sentir culpado por não fazê-lo, se o seu Eu entender que não necessita. Devemos buscar não contrariar o nosso Ser.
Seguimos quase sempre o que a nossa mente determina. A mente não governa, ela é um mecanismo, quem governa os nossos atos é o Espírito, o nosso Ser interior. A mente não é o Espírito. O Espírito é livre para decidir sobre o seu destino. A mente é apenas um aparelho programado para seguir o que lhe é imposto, comporta-se como foi educada, e, notadamente, foi muito mal educada apreendendo tudo o que é negativo, o que é mal, e acaba por tolher o Espírito, retirando a sua soberania sobre o material, o físico.
É o Espírito (Ser) quem tem poder de dirigir a vida, é ele a inteligência primária, a consciência. A mente está cheia de sofismas, de falsas ilusões sobre a realidade, e de experiências exteriores ao Espírito. Está tomada por preconceitos, normas e regras quase sempre estabelecidas para atender a uma sociedade medíocre. A mente precisa ser reeducada, receber novos estímulos e valores, e é o próprio Ser que tem que fazer essas mudanças. É preciso tomar consciência do que verdadeiramente somos para podermos agir sobre a mente e dominá-la, retomando a soberania do nosso Eu.
Como bem coloca Gasparetto (2010), querer viver em função do outro é dar poder ao outro. Dessa forma, as pessoas passam a ter poder sobre você, e você passa a ser infeliz porque está sobre o domínio, a influência do outro. É necessário se aceitar, ser você mesmo, para ser realmente feliz. Viver em função do que agrada aos outros é pura vaidade, a pessoa faz isso para agradar e, isso é vaidade, é uma ilusão, pois, quem quer agradar espera receber algo em troca. Espera elogios, admiração, aceitação do outro, porém, "a aceitação do outro está dentro da constituição do outro, e, ninguém pode viver na constituição do outro" (GASPARETTO:2010). Seja você!
"Quem tem ouvidos para elogios tem ouvidos para críticas". Quase sempre nos frustramos com a opinião do outro. Saímos, geralmente, ofendidos, magoados, sentindo-nos desvalorizado e culpamos o outro por nossa infelicidade e sofrimento, porque fizemos de tudo para agradar o outro, contrariando o nosso Ser, porque é a cabeça que está cheia de ilusão, e não o Espírito. Nós não lhe damos a atenção devida, e seguimos, quase que por instinto, a nossa cabeça (mente), e depois saímos aturdidos, esquecendo de quem deu ouvidos para o outro fomos nós mesmos. E ficamos guardando esse ressentimento do que a pessoa fez, sem nem mesmo lembrar mais da pessoa, mas, levando para outras existências, sem conseguir ser feliz.
É preciso aprender a dizer NÃO para o pensamento do outro e, a dizer SIM para o que é seu. Afinal, é o seu destino, do qual você terá que prestar conta à Deus, e somente à Deus. Ninguém é maior do que ninguém, nós, é que, geralmente, nos abaixamos. Colocamo-nos pequenos frente aos outros por medo da rejeição: rejeição das nossas idéias, do que sentimos, do que verdadeiramente somos, fruto do nosso orgulho e vaidade.
O medo é negativo, coloca-nos frequentemente para baixo, e não devemos nos colocar para baixo. A evolução é para cima, é para o Alto, é somente à Deus que devemos temer. Ele é o Senhor soberano, e está acima de todos no Céu e na Terra, no mundo visível e invisível. Errar faz parte da nossa evolução, pois não há aprendizado sem erros. É o erro que ensina, que nos fortalece e não os acertos. Por outro lado, não há erros ou acertos, há o aprendizado. As decisões tomadas são geralmente aquelas necessárias para o nosso aprimoramento Espiritual, e, somente por isso, boas ou más, Deus as permite.
Não somos "coitados", somos humanos e dotados de poder pessoal: "Vós sois deuses". Somos todos semideuses, acreditamos ser filhos do Criador, do todo-poderoso, então, temos poder sobre a nossa vida, podemos mudar a nossa mente e fazê-la sair do negativismo e afirmar todo o positivo que impera nosso Ser. Negar o medo, o fracasso, a frustração, o sofrimento, negar o mal. Quando você se nega, você se fecha, desvaloriza e, afirmar todo o bem. Não precisamos esperar que o outro nos aponte o caminho a seguir, e nos diga o que fazer, dando o nosso poder de decidir sobre a nossa vida a outrem, passando-lhe a responsabilidade que é tão somente nossa, intransferível, a responsabilidade sobre a nossa própria vida.
São os nossos sentidos, as nossas sensações que são os que, verdadeiramente, mostram-nos o caminho a seguir. O Espírito não quer que desloquemos nossa energia no sentido do outro, por isso, muitas vezes, ele que pode tudo, e não a mente (cabeça), faz tudo parecer perdido, fracasso, sofrimento, dor, porque não experimentamos o seu amor, que é o nosso amor, para que aprendamos com a dor a confiar nos nossos sentidos. Este amor são eflúvios do amor de Deus, precisamos reaprender a respeitar aos obras do criador, que são perfeitas na sua essência. Somos maravilhas da criação Divina.
Nós já conhecíamos antes o nosso poder de ser, mas o perdemos, gradativamente, lá na infância, quando a vida, aqui fora, nos impõem regras, padrões de beleza, de comportamentos sociais, valores morais e religiosos rígidos, e, então, o nosso Ego, e não o nosso Ser, passa a comandar a nossa existência, sabotando a nossa evolução.
Portanto, seja você!
Não se julgue mal por ser diferente. "As diferenças são a maior prova da sabedoria Divina". Allan Kardec, na Revista Espírita, de 1861, p. 432, afirma o que se segue:
"[...] o Espiritismo, restituindo ao Espírito o seu verdadeiro papel na Criação, constatando a superioridade da inteligência sobre a matéria, faz com que desapareçam, naturalmente, todas as distinções estabelecidas entre os homens, conforme as vantagens corporais e mundanas, sobre as quais só o orgulho fundou as castas e os estúpidos preconceitos de cor".
Não existem privilégios nem de raças, nem de cor, nem de castas sociais, ou de qualquer outra natureza. Somos todos Espíritos, cada qual trajando as vestes que lhe é necessária para seu aperfeiçoamento no mundo terreno. Este estado é temporário, um estágio, pois, o mesmo Espírito pode tornar a nascer rico ou pobre, capitalista ou proletário, chefe ou subordinado, livre ou escravo, homem ou mulher (A Gênese, cap. I, item 36, p. 42-43).
Cada um faz o bem à sua maneira, de acordo com o seu estágio, com o seu processo de evolução. Da forma que o seu Eu interior sente e alegra-se, porque está dentro do seu próprio entendimento, de sua própria consciência. Algumas pessoas cuidam de ajuda humanitária às grandes catástrofes naturais, outras protegem os animais, outras cuidam dos velhinhos em asilos, outras de órfãos, há as que estendem as mãos dando esmolas aos excluídos socialmente, por um ímpeto de generosidade, e, há os que apenas rezam, porque é o que cada um necessita para si mesmo. O importante é fazer bem o bem. "O homem de bem é bom, humano e benevolente para com todos, sem distinção de raças, nem de crenças, porque em todos os homens vê irmãos seus". (O E.S. E., cap. XVII; 3).
Conquanto, cada um é responsável pela sua própria vida, e deve buscar o melhor dentro de si, para dar o melhor de si para si mesmo, este é o objetivo da reencarnação. Não é com a vida do outro, mas com sua própria existência. O outro é só mais um instrumento de que Deus se utiliza para revisarmos o nosso comportamento. Cada um carrega dentro de si a sua própria vocação, e faz a sua história. Como diz a letra da canção: "_ cada um carrega o dom de ser capaz, de ser feliz". Que Assim Seja!
"[...] o Espiritismo, restituindo ao Espírito o seu verdadeiro papel na Criação, constatando a superioridade da inteligência sobre a matéria, faz com que desapareçam, naturalmente, todas as distinções estabelecidas entre os homens, conforme as vantagens corporais e mundanas, sobre as quais só o orgulho fundou as castas e os estúpidos preconceitos de cor".
Não existem privilégios nem de raças, nem de cor, nem de castas sociais, ou de qualquer outra natureza. Somos todos Espíritos, cada qual trajando as vestes que lhe é necessária para seu aperfeiçoamento no mundo terreno. Este estado é temporário, um estágio, pois, o mesmo Espírito pode tornar a nascer rico ou pobre, capitalista ou proletário, chefe ou subordinado, livre ou escravo, homem ou mulher (A Gênese, cap. I, item 36, p. 42-43).
Cada um faz o bem à sua maneira, de acordo com o seu estágio, com o seu processo de evolução. Da forma que o seu Eu interior sente e alegra-se, porque está dentro do seu próprio entendimento, de sua própria consciência. Algumas pessoas cuidam de ajuda humanitária às grandes catástrofes naturais, outras protegem os animais, outras cuidam dos velhinhos em asilos, outras de órfãos, há as que estendem as mãos dando esmolas aos excluídos socialmente, por um ímpeto de generosidade, e, há os que apenas rezam, porque é o que cada um necessita para si mesmo. O importante é fazer bem o bem. "O homem de bem é bom, humano e benevolente para com todos, sem distinção de raças, nem de crenças, porque em todos os homens vê irmãos seus". (O E.S. E., cap. XVII; 3).
Conquanto, cada um é responsável pela sua própria vida, e deve buscar o melhor dentro de si, para dar o melhor de si para si mesmo, este é o objetivo da reencarnação. Não é com a vida do outro, mas com sua própria existência. O outro é só mais um instrumento de que Deus se utiliza para revisarmos o nosso comportamento. Cada um carrega dentro de si a sua própria vocação, e faz a sua história. Como diz a letra da canção: "_ cada um carrega o dom de ser capaz, de ser feliz". Que Assim Seja!
Luz e Amor!
"Tendes ouvido o que foi dito: Amarás ao teu próximo e aborrecerás ao teu inimigo. Mas eu vos digo: Amai os vossos inimigos, fazei bem ao que vos odeia, e orai pelos que vos perseguem e caluniam, para serdes filhos de vosso Pai, que está nos Céus, o qual faz nascer o seu sol sobre bons e maus, e vir chuva sobre justos e injustos. Porque se não amardes senão aos que vos amam, que recompensa haveis de ter? Não fazem os publicanos também assim? E se saudares somente os vossos irmãos, que fazeis nisso de especial? Não fazem também os gentios? Eu vos digo que, se a vossa justiça não for maior e mais perfeita que a dos escribas e fariseus, não entrareis no Reino dos Céus. (Mateus, V:20, 43-47).
(Amai os Vossos Inimigos, cap. XII; 1. O Evangelho Segundo o Espiritismo)
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"(...) Quem se faz instrutor deve valorizar o ensino aplicando-o em si próprio" (Joanna de Ângelis.