sábado, 19 de abril de 2014

BOA-VONTADE E COMPROMETIMENTO NO TRABALHO COM O BEM


Boa-vontade descobre trabalho.
Trabalho opera a renovação.
Renovação encontra o bem.
O bem revela o espírito de serviço.
O espírito de serviço alcança a compreensão.
A compreensão ganha humildade.
A humildade conquista o amor.
O amor gera a renúncia.
A renúncia atinge a luz.
A luz realiza o aprimoramento próprio.
O aprimoramento próprio santifica o homem.
O homem santificado converte o mundo para Deus.
Caminhando prudentemente, pela simples boa-vontade a criatura alcançará o Divino 
Reino da Luz. 

(Emmanuel, por Francisco Cândido Xavier)



Em 13-04-2014; às 08:00hs.

Para quê estamos na Terra? É uma questão que nos devemos fazer todos os dias. Muitas vezes, respondemos: "É para evoluir espiritualmente e sermos melhores". Ora acreditamos seja para fazer caridade, ajudar ao "outro". E muitas coisas mais. Uma e outra é verdadeiro, porém, tudo se resume em uma única máxima: "Amar uns aos outros". 

Estamos na Terra para aprendermos a amar, porque em outros momentos não conseguimos. Quando ajudamos o outro estamos praticando a caridade e, consequentemente, evoluindo espiritualmente, tornando-nos melhores. "Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo". Ninguém ama a Deus se não amar a um de seus semelhantes, pois que, somos todos filhos de um mesmo Pai, como enfatiza Jesus, na oração que nos ensinou: "Pai Nosso, que estais no Céu". O Céu, na sua imensidão, cobre a todos, bons e maus.

Todos estamos na Terra para cumprir uma tarefa, executar um trabalho para o nosso próprio desenvolvimento moral e espiritual. Bem como, para contribuir com o progresso de toda a Humanidade. A nossa missão na Terra somos nós mesmos. Mesmo quando acreditamos praticar a caridade com o "outro", a caridade é para conosco mesmo. Nós solicitamos as provas para evoluir. O "outro" é um mero instrumento de que Deus se utiliza para que possamos cumprir o nosso dever - evoluir em Espírito. Como colocou Nazareno Feitosa, somos todos dotados de inteligência, mas, ainda, falta-nos o desenvolvimento moral. 

Os Benfeitores respondem a Kardec, na questão 559, do Livro dos Espíritos:

_ "Todos tem deveres a cumprir. O último dos pedreiros não concorre para construir o edifício tão bem como o arquiteto? 

Ou seja, mesmo os Espíritos inferiores e imperfeitos têm uma tarefa a cumprir, por este motivo é que devemos usar de indulgência com as imperfeições alheias, essas imperfeições podem ser expiações. Estamos todos no plano de oportunidade/avaliação (provas) para expurgar, "depurar" (expiação) as nossas faltas. Ser indulgente com as faltas alheias é praticar caridade e trabalhar no bem. "A caridade cobre uma multidão de pecados".

Por que fazemos caridade?

Emmanuel nos responde a essa questão: "Quando não fazemos o bem pelo amor, façamos pelo dever". 

A Terra é uma escola de preparação espiritual (Emmanuel). Estamos tão distraídos com as coisas materiais que nos esquecemos do trabalho, precisamos ser despertados para o amor, através do trabalho espiritual (Nazareno Feitosa).

Os Espíritos Benfeitores chamam à atenção para a chegada do final da Era Material (final do ciclo). E, Jesus mostra que a obra não está acabada: "Vós sois deuses". "Podereis fazer tudo o que eu faço e muito mais, se o quiserdes ..." (Jesus). Todos somos chamados para a construção desse novo mundo - O Mundo de Regeneração, onde somente os Espíritos evoluídos moralmente irão gozar das alegrias que antecedem o Mundo Feliz. Os Espíritos inferiores, ou seja, aqueles que abusaram do livre-arbítrio, serão degredados para o Mundo Primitivo (plano astral inferior). 

Todos somos chamados para o trabalho: "Vós sois o sal da Terra". É Jesus quem nos chama. Nós é quem vamos dar sabor (temperar) ao nosso trabalho, "se o sal for insípido, com que se há de se salgar? Para nada mais presta senão para se lançar fora e ser pisado pelos homens" (Mateus 5, 13).

O trabalho tem que trazer alegria não só a quem recebe, mas, a quem o faz. O egoísmo é a causa de muitos obstáculos na Terra para a construção de um mundo melhor. Contudo, "ele se prende à inferioridade dos Espíritos encarnados na Terra, e não à Humanidade em si mesma" (L.E., Q. 915).

Estamos todos comprometidos com o trabalho no bem. É necessário dar o melhor de si em qualquer situação em que estivermos envolvidos, colocando em ação as nossas capacidades e talentos. Agindo de boa-vontade com as pessoas colocadas em nossos caminhos, em especial, com aquelas mais difíceis de tratar, elas representam um desafio para a nossa capacidade de superação (De Lucca). 

Servir com alegria, pois, "meu jugo (minha lei) é leve...". A lei é de amor.

Assim, Jesus coloca-se ao nosso lado: "No mundo tereis grandes aflições. Tende bom ânimo. Eu venci o mundo". (Jesus). Seja alegre e espontâneo para executar a vontade do Pai Celeste. Ter bom ânimo e alegria para que a transformação aconteça, e não esperar acontecer para que se possa alegrar. O trabalho é renovação, prática no bem, oportunidade para reparar o mal. Não basta se arrepender, é preciso reparar (corrigir) as nossas faltas. "O desânimo é uma falta; Deus vos nega consolação se não tiverdes coragem" (E.S.E., cap. V; 18). 

"O importante do trabalho é trabalhar". Não se preocupar com o resultado. Se estou engajado no bem, o resultado será o bem para todos aqueles que buscam o bem. No entanto, muitos estão mais preocupados com o resultado do trabalho do que em servir, fruto da vaidade em querer agradar a todos, e, por aparência pessoal. Jesus, exemplo maior de humildade e abnegação não agradou a todo mundo e, nem por isso, deixou de trabalhar por amor ao Pai. 

"Se não quiser ser criticado, não faça nada, não fale nada e não seja nada". Se quiser servir, verdadeiramente desinteressado, trabalhe! A recompensa pelo bem é o bem que se faz. Não é pelo muito que se tenha feito, mas, pela qualidade do nosso ato que seremos recompensados.

Como estou fazendo o meu trabalho na Casa Espírita?  Segundo os Amigos Benfeitores, o trabalho da Doutrina Espírita é a caridade moral. Se não faltasse a caridade moral, não seria necessária a caridade social. O Espiritismo, segundo Allan Kardec, é uma doutrina filosófica, pressupõe a necessidade do estudo e da prática mediúnica. Por isso, as Casas Espíritas devem se preocupar antes com a Doutrina Espírita (reuniões doutrinárias, estudos, palestras, seminários) do que com o assistencialismo social. A Doutrina Espírita é para a cura moral.

A fome mata (inanição), é verdade, e não devemos nos escusar, mas, a fome é uma consequência da falta de alimento espiritual. Sabemos hoje que a produção de alimentos supera o número de habitantes na Terra, basta olharmos o desperdício de alimentos, que, comumente, são jogados fora. A fome é uma consequência da má distribuição, da ganância e do egoísmo de muitos que não conhecem as Leis Divinas.

Dessa forma, são os Ensinamentos do Cristo que alimenta a alma e vivifica o Espírito.

"Mas aquele que beber da água que eu lhe der, nunca terá sede, porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que salte para a vida eterna" (N.T., Jo 4, 14).

Emmanuel  também alerta para as causas do sofrimento terreno: "o sofrimento tem sua origem nas causas morais". Essas causas podem ter origens em existências pregressas e atuais (Lei do Retorno). Assim, a fome pode ser considerada uma prova (escolha do sofrimento), ou, expiação (sofrimento imposto por Deus, para um bem maior). Devemos estar atentos para o que nos ensinam os Benfeitores, "os sofrimentos voluntários não servem para nada quando eles nada fazem para o bem de outrem" (L.E., Q. 726).

"Trabalhadores de Última Hora" (E.S.E.). Muitos são os trabalhadores que se apresentam nas Casas Espíritas. Espíritos com o seu passado comprometido que solicitaram regressar ao plano terreno para trabalhar como médiuns.

Os médiuns, assim, não são divindades especiais, são almas endividadas com a coletividade. Muitos foram inquisidores do século XV, que perseguiram e mataram aqueles que professavam a sua fé. Responsáveis por caça às bruxas, que, nada mais, eram médiuns videntes ou de efeitos físicos. Por não se conhecer sobre a comunicabilidade dos Espíritos, atribuía-se o fenômeno a feitiçaria. Assim, a mediunidade não é um prêmio, uma gratificação, e, muito menos privilégio de uns, pois que, todos somos médiuns em algum grau. A mediunidade é antes uma prova ou expiação.

Segundo Divaldo Franco esclarece, a mediunidade é uma faculdade da alma humana, assim como a inteligência.  Sendo inerente a alma humana, somente os homens a possui. Nascemos médiuns ou podemos desenvolver a mediunidade sutil, mas não a ostensiva. A mediunidade exige disciplina para cumprir os propósitos a que se destina. A mediunidade segue um grau de evolução. É preciso abnegação e dedicação para atingir a evolução mediúnica. A evolução mediúnica não está associada a evolução do Espírito, visto que é orgânica. Logo, tanto intelectuais como os mais rudes podem possuí-la.

A mediunidade não deve ser utilizada para fins fúteis, ou, para se observar os fenômenos como foi no início com as "mesas girantes" (L.M), mas, para a evolução humana através da filosofia espírita. É um instrumento para o nosso desenvolvimento moral. Bem como, um mecanismo para o auxílio ao próximo. Divaldo Franco nos esclarece que o exercício da mediunidade deve ter qualidade, por isso, deve-se estabelecer reuniões para este fim.

"Muitos são os chamados e poucos são os escolhidos". Para trabalhar com Jesus é preciso mais que boa-vontade, é preciso comprometimento. É fechar-se mais para a vida material e, abrir-se intensamente para a vida espiritual. "Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que leva à perdição, e muitos são os que entram por ela. Que estreita é a porta, e que apertado é o caminho que leva para a vida, e que poucos são os que acertam com ela!" (Mateus, VII:13-14). 

Muitos trabalhadores chegam a Casa Espírita através do sofrimento por esquecerem do compromisso assumido com a vida. O sofrimento é polimento para alma enferrujada, para o médium "acordar" para as suas responsabilidades com o progresso moral. Não raro, os médiuns, de "boa-vontade", assumem trabalhos voluntários na Casa Espírita, no auxílio espiritual. Muitos buscam o trabalho como forma de "retribuição" pela caridade alcançada. Esse comportamento, no mais das vezes, é movido antes pelo orgulho de nada ficar a dever, do que pela sincera gratidão.

A gratidão é uma das mais belas virtudes. Contudo, o trabalho mediúnico exige mais do que pleito de gratidão. "Dai de graça o que de graça recebeste" (Jesus).

O trabalho voluntário na Casa Espírita não deve ser movido somente pela boa-vontade. A disposição tem que nascer do íntimo, não por imposição ou qualquer outro motivo. O serviço voluntário requer comprometimento. Não basta somente ter boa-vontade em servir, mas, servir com amor. Servir com amor é colocar o trabalho em primeiro plano. É abnegação. Esquecer de si mesmo em favor do "outro". "É fazer bem o bem!". É não deixar de servir por que se irritou com o congestionamento no trânsito, melindrou-se com alguma crítica ou, "não se está bem". Muitas dores nascem da mágoa!

A mágoa é falta de indulgência com o outro, é revidar o mal com o mal. É não compreender que todos estamos passando por um processo evolutivo e que cada um atinge um grau diferente na escada da evolução. Aquele que ofende deve ser tratado como doente. Francisco Xavier escreve sobre isso:

"As mágoas nos fazem adoecer, daí porque devemos interpretar quem nos ofende como doente. Se respondermos à ofensa guardamos conosco a lata de um lixo que nos foi jogada. 

Ou seja, segurar a ofensa é guardamos para nós o "lixo energético" do outro (De Lucca). Quem se ofende está tão doente quanto o agressor. E, o melhor remédio para curar a ferida emocional é o perdão. Como ensina Chico Xavier, "o perdão é terapêutico".

"A tarefa é para ser executada na saúde e na doença, com alegria". Muitas tarefas deixam de ser cumpridas por falta de comprometimento, não com a Casa Espírita, mas, falta de comprometimento com a "Causa Espírita", com o Cristo. O N.T, Lucas 11; 38-42, revela-nos a importância de colocar Jesus, em primeiro lugar, em nossas vidas. A passagem conta-nos o seguinte:

Marta recebe o Senhor em sua casa. Maria, sua irmã, de imediato, assenta-se aos pés de Jesus para ouvi-lo. Marta, porém, mantinha-se distraída com os afazeres. Então, Marta pede a Jesus que diga a sua irmã que não a deixe servir só. Jesus, respondendo-lhe, disse; "Marta, Marta, estás ansiosa e afadigada com muitas coisas, mas, uma só é necessária; e Maria escolheu a boa parte, a qual não lhe será tirada" (N.T., Lucas 11; 38-42). Daí, vê-se a importância de colocar Jesus sempre em primeiro plano em nossas vidas.

Como Marta, muitas vezes, assim agimos diante de Jesus. Coloca-se a família em primeiro plano, o aniversário do filho, de casamento, a festa de Natal. Sempre com a desculpa da "família", quando no íntimo é a própria festa que nos seduz. Não se age de má-fé, tem-se boa-vontade em servir. Mas, movido pela falta de comprometimento, não se esforça o bastante para vencer as imperfeições inerentes a alma humana. Não que a família não deva ser importante. Contudo, essas são formas de "sabotar" o nosso autodesenvolvimento moral. "Se alguém me quiser seguir, negue-se a si mesmo, e tome a sua cruz e siga-me" (E.S.E., cap. XXIV; 18-19), este é o ensinamento do Cristo.

Comprometimento é "fidelidade consciente" e deve ser movido pela "fé como verdade consciente", não pela fé daquele que crê por conveniência. A fé que ora crê e, ora descrê.

Para maior compreensão do que seja boa-vontade e comprometimento, gosto de citar Divaldo Franco, exemplo de fidelidade com o trabalho no bem. Conta-nos, que estando desenganado pelos médicos, com poucos dias de vida física, por causa de uma "angina", dia de sessão mediúnica, recebe a visita de sua Mentora, Joanna de Ângelis: 

"_ Que fazes?", perguntou-lhe a Mentora. Respondeu-lhe Divaldo: "_ Minha irmã, eu estou muito mal. Eu estou noventa por cento morto!". Joanna de Ângelis, então, diz-lhe: "_ Qual é o problema, tu não estás falando com alguém cem por cento morta? Saia da preguiça e vás trabalhar". 

Segue Divaldo: "_ Mas minha irmã, o médico disse que preciso ficar em repouso, assim, posso me prolongar". A Mentora, então, responde-lhe: "_ É melhor que tu morras com a mão no arado, em poucas horas, do que na cama da indolência, em vários meses. Estou indo e tu tens cinco minutos!". 

Fim do trabalho, Joanna de Ângelis reaparece-lhe: "_ E agora, como te sentes?". Sorrindo, Divaldo Franco responde-lhe: "_ Estou noventa e cinco por cento bem!". Joanna de Ângelis, então, disse-lhe: "_  Então, agora vá e repouses. Primeiro o dever, porque o repouso é rotina de gente inútil".

A Doutrina Espírita não elimina os sofrimentos, não cura as doenças físicas, mas, auxilia no tratamento de suas causas através da terapia espiritual. A Casa Espírita não deve estar voltada em curar os males físicos, pois estes têm suas causas em males morais. Não deve estar preocupada em intervir no sofrimento, pois, o sofrimento é para educar o Espírito, não é um castigo, mas, em prevenir sofrimentos futuro. Jesus não curou os males do corpo, pois, sabia que eram provenientes das feridas da alma. Jesus curou o Espírito através dos ensinamentos morais. Daí, vale ressaltar a importância do doutrinador no trabalho espírita. "O ensinamento do Cristo é uma verdadeira terapia mental" (Chico Xavier)

"Jesus é o Senhor dos Espíritos". Jesus foi o maior terapeuta que no mundo existiu. O doutrinador opera como terapeuta espiritual na atividade mediúnica. Assim como o médium ostensivo, o doutrinador também assumiu compromissos no trabalho do bem. Ele não é médium de psicofonia (incorporação), mas, é intuitivo.

Os Espíritos inferiores não desenvolveram a essência divina (amor) latente em todas almas. São Espíritos que se afastaram completamente do bem. Quanto maior o ódio, a mágoa, o desejo de vingança, mais profundo o sofrimento, pois, maior se torna a distância entre o Eu e a Essência Divina. Afastando-se completamente do Deus, que existe em cada um de nós, ficam perdidos em sofrimentos.

Baixando o padrão vibratório, os Espíritos inferiores não conseguem perceber a presença do seu Benfeitor Espiritual, que deseja resgatá-los. Então, torna-se necessária a mediação com o plano espiritual (comunicação mediúnica). Porque somos imperfeitos, somos capazes de nos fazer ouvir pelos Espíritos inferiores e auxiliá-los no tratamento fraterno espiritual, através da mediunidade com Cristo.

Ao doutrinador cabe a responsabilidade de conduzir a comunicação com ternura e esclarecimento, favorecendo para que, através do processo mediúnico, o próprio Espírito assistido possa se escutar. Analisar as causas verdadeiras de seu sofrimento, e perceber a presença do seu Benfeitor que o conduzirá para o auxílio necessário. O Espírito não deve ser tratado como "figura de ficção", ele é um ser real. Como ser real é único, deve-se procurar identificar a legião de Espírito que se está assistindo. Nem todo Espírito é perverso e se compraz com o mal.  Muitos são apenas ignorantes, desconhecem a sua condição de Espíritos imortais, e sofrem.

Quando estamos diante do outro, olhamos nos olhos do outro. Silenciamos para escutar a sua fala. Todo mundo quer ser escutado, por isso, procuram-se terapias. O terapeuta precisa saber ouvir. Saber ouvir é saber escutar. Escutar é  perceber, dar atenção ao outro. Ouvir (sons e ruídos) é apenas uma capacidade do sentido da audição. Escutar é um dom. Logo, o doutrinador tem o dom de escutar. Jesus ensina: 

"Cada um fique na vocação em que foi chamado (...) foste chamado sendo servo? Não te de cuidado; e, se ainda podes ser livre, aproveita a ocasião" (N.T. I Corintios 7, 20-21).

"Não é preciso ser o mais importante, mas, o maior servidor". Não importa o seu trabalho na Casa Espírita, ou, em qualquer outra instituição, todos somos chamados para servir na construção de um mundo melhor. Não importa crença ou religião. Que sua religião seja a solidariedade humana. Aqueles que se dizem não acreditar na existência de Deus, não deixem com isso de praticar a caridade. Nem todo médium é Espírita, e nem todo Espírita é médium. Conquanto, todos somos dotados da essência Divina e todos somos chamados ao trabalho no bem.

Médiuns, não se sirvam somente da boa-vontade, mas, abracem a causa. Aproveitem a faculdade mediúnica, o dom do amor, para servir com Jesus. E, assim, trabalhando pelo bem, pensando no bem, em uma Nova Era, possa dizer-se: "Já não sou eu quem vive, mas Cristo que vive em mim".

A nossa missão na Terra é de auto-iluminação. Contritos, voltarmos para dentro de nós mesmos, e, reencontrar o amor que sempre esteve guardado em nós. Não podemos amar ao próximo se não amarmos a nós mesmos, porque ninguém dá o que não tem. Eu só posso iluminar o caminho do outro se antes sou luz em mim mesmo: "Vós sois deuses!". Deus mora em cada um de nós, é a verdadeira luz que nos ilumina o caminho. Se Deus está em nós, então, somos luz. E, onde está Deus não há trevas. Que a vida seja como a letra da canção:

"...A vida eterna é Deus vivendo em nós". Que Assim seja!

Luz e Amor!


Missão dos Espíritas, pelo Espírito Erasto. Paris, 1863:

"... Oh, verdadeiros adeptos  do Espiritismo: vós sois os eleitos de Deus! Ide e pregai a palavra divina. É chegada a hora em que deveis sacrificar os vossos hábitos, os vossos trabalhos, as vossas futilidades, à sua propagação. Ide e pregai: os Espíritos elevados estão convosco. Falareis, certamente, a pessoas que não quererão escutar a palavra de Deus, porque essa palavra os convida ao sacrifício. 

Pregai o desinteresse aos avarentos, a abstinência aos dissolutos, a mansidão aos tiranos domésticos e aos déspotas: palavras perdidas, bem sei, mas que importa! É necessário regar com o vosso suor o terreno em que deveis semear, porque ele não frutificará, não produzirá, senão sob os esforços incessantes da enxada e da charrua evangélicas Ide e pregai!

(...) Ide, que Deus vos conduz! ..."

(Trabalhadores da Última Hora, cap. XX; 4. O Evangelho Segundo o Espiritismo).



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"(...) Quem se faz instrutor deve valorizar o ensino aplicando-o em si próprio" (Joanna de Ângelis.