Em 01-08-2012, às 22hs e 58mints."Aquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que nele fossemos feitos justiça de Deus." (2 Coríntios 6)
O que é a casualidade? É tudo o que não podendo se explicar, coloca-se na conta do acaso. Igualmente como se fazia no princípio, quando não se tendo conhecimento científico para os fenômenos naturais, buscava-se a explicação no sobrenatural. O sobrenatural são acontecimentos que não encontram explicação nas leis naturais. Tudo o que é fundamentado pelas leis naturais é considerado normal, pois está dentro das regras. Deve-se ter o cuidado de não confundir "normal" com "comum". Comum é tudo que ocorre com uma certa frequência. Um fenômeno pode ser normal e não ser comum, como, por exemplo, a chuva de granizo em determinada região. Esse fenômeno encontra explicação nas leis físicas, porém, não acontece com frequência.
O Espiritismo encontra explicação científica, logo, não é um fenômeno sobrenatural. E, é comum, apesar de muitos negarem a influência dos Espíritos na vida terrena. Todos os Ensinamentos do Evangelho encontram explicação na ciência. Apenas, não procuramos conhecer àquele a quem dizemos amar e propomo-nos a seguir, Jesus. Repetimos diversas vezes o que nos é passado ao longo dos tempos, mas, não procuramos fundamentar os nossos conhecimentos nos Ensinamentos por Ele deixado. Aceitamos o que nos é passado como verdade sem ao menos procurar conhecer a Verdade. Deus nada fez por um acaso, pois que é "Princípio Inteligente Universal". Tudo em Deus tem um propósito - o progresso moral. O acaso, como já nos foi ensinado pelos Espíritos, não é inteligente, contrariando a lei das causas e efeitos.
Hoje pensei em ir para uma atividade e, fui levada para outra. Então, dei-me conta de que estamos sempre no momento certo onde devemos estar, ainda que desconheçamos os motivos. Eu me programei para participar de um coral no Centro Espírita e, acabei participando de um grupo de estudos, em um outro Centro Espírita. O tema abordado pelo palestrante foi: "Não se pode servir a Deus e a Mamon", cap. XVI; 7-13. E.S.E.
O porque ir ao coral? Queria me desestressar de problemas anteriores, que eu mesma provoquei em minha vida, por vaidade e orgulho. Como diz o ditado: "Quem canta seus males espanta", ditado popular. Não, quem busca compreender os seus males, dele se liberta. De que me adiantaria cantar e fingir alegria, por apenas alguns instantes? O problema talvez fosse, nestes instantes, esquecido, mas, os erros não são para serem esquecidos e sim, refletidos. "Porque a tristeza segundo Deus opera arrependimento para a salvação, da qual ninguém se arrepende, mas a tristeza do mundo opera a morte" (N.T. 2ª Epístola de Paulo aos Coríntios, cap. 7; 10).
O porque ir ao coral? Queria me desestressar de problemas anteriores, que eu mesma provoquei em minha vida, por vaidade e orgulho. Como diz o ditado: "Quem canta seus males espanta", ditado popular. Não, quem busca compreender os seus males, dele se liberta. De que me adiantaria cantar e fingir alegria, por apenas alguns instantes? O problema talvez fosse, nestes instantes, esquecido, mas, os erros não são para serem esquecidos e sim, refletidos. "Porque a tristeza segundo Deus opera arrependimento para a salvação, da qual ninguém se arrepende, mas a tristeza do mundo opera a morte" (N.T. 2ª Epístola de Paulo aos Coríntios, cap. 7; 10).
Passamos por três importantes processos para corrigir uma falta: perceber, reconhecer e reparar. Não basta perceber que erramos, e, por orgulho, negar o erro. Nem tão pouco reconhecer o erro, e, nada fazer para repará-lo. Todos estamos sujeitos aos erros, o importante é vigiar-se. Vigiar-se é admitir que somos seres falíveis e, que, por isso, devemos ficar atentos as nossas más inclinações. Esquecer que somos imperfeitos e colocar a culpa em Deus como justificativa, implica em invigilância e no persistir do erro. Não é preciso, contudo, desesperar-se, mas, reparar o mal feito. Não se repara um erro buscando esquecê-lo, porém, compreendendo-o. Fugir parece a solução mais fácil, no entanto, prende-nos em nossas dívidas, não só as materiais, bem como, espirituais e moral: "Entreis pela porta estreita, por que larga é a porta da perdição". É bem mais fácil passar pela porta larga, mas, a salvação está na elevação espiritual e moral, o que requer esforço maior para se conseguir. Salvar é elevar-se.
Então, ao chegar em casa para o culto do "Evangelho no Lar", abri o Evangelho, aleatoriamente, no mesmo capítulo. Seria obra do acaso? Não. Antes, são respostas para as causas do meu sofrimento. O meu sofrimento de agora, encontra-se em ter escolhido servir antes a vaidade que a Deus. Não compreendia que a riqueza é uma prova, a mais arriscada, pela fascinação que exerce. Não entendia que a riqueza é para o progresso e não somente para uso pessoal, pois que, não somos possuidores dos bens terrenos, apenas, depositários de Deus, e, de tudo temos que prestar conta ao Senhor. O dinheiro "desmascara" as pessoas. As pessoas trazem em si suas tendências mais secretas e o dinheiro revela essas tendências.
Por que Deus permite ao incapaz os meios de riqueza? Simplesmente, como forma de exercer o livre-arbítrio e a bondade. Quando Deus quer, também retira-lhe a riqueza, dependendo do uso que se faz dela. "A tua fatalidade é o bem, como atingí-la é uma escolha" (Vida Feliz, de Joanna de Ângelis). Todos estamos fadados ao bem. Deus não deseja o mal de nenhum de seus filhos, tudo é uma questão das escolhas que fazemos. O "ter" não é um mal, todo o problema está no apego. O sofrimento, assim, é causado por não se saber discernir sobre o necessário e o supérfluo. O necessário é o essencial (essência), o supérfluo é o acessório, que, muitas vezes, ultrapassa a medida do bom senso. Então, faz-se dívidas e mais dívidas, para se obter o supérfluo, despertando a avareza, o egoísmo e a vaidade adormecidos na alma.
Deixa-se de se fazer o bem por medo de ser explorado. Esquece-se que é preciso primeiro ajudar para depois se perguntar quem é. Deixa-se de se sentir amado e de amar, pois que, acredita-se que todos em volta, ali estão, por interesse. Nega-se até mesmo uma palavra de esperança, ignorando-se que as boas palavras é como um passe magnético, emana boas energias e vale muito mais do que uma esmola que se tira do que sobra do supérfluo.
É preciso refletir, como ensina Emmanuel (Vinha de Luz), "O que a gente faz da religião (Deus) em nossa vida". Onde está a religião quando trato o meu semelhante como um lazarento? Quando deixo de fazer todo o bem que posso, para acumular riquezas, que só me servem nesse mundo terreno? "Porque sabemos que se a nossa casa terrestre deste tabernáculo se desfizer, temos de Deus um edifício, uma casa não feita por mãos, eterna, nos céus. (...) Quem para isto nos preparou foi Deus, o qual nos deu também o penhor do Espírito". (...) Porque todos deveremos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem, ou mal". (N.T. 2ª Epístola de Paulo aos Coríntios, cap. 5; 1-10). No entando, buscamos a glória na aparência e não no coração.
É preciso refletir, como ensina Emmanuel (Vinha de Luz), "O que a gente faz da religião (Deus) em nossa vida". Onde está a religião quando trato o meu semelhante como um lazarento? Quando deixo de fazer todo o bem que posso, para acumular riquezas, que só me servem nesse mundo terreno? "Porque sabemos que se a nossa casa terrestre deste tabernáculo se desfizer, temos de Deus um edifício, uma casa não feita por mãos, eterna, nos céus. (...) Quem para isto nos preparou foi Deus, o qual nos deu também o penhor do Espírito". (...) Porque todos deveremos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem, ou mal". (N.T. 2ª Epístola de Paulo aos Coríntios, cap. 5; 1-10). No entando, buscamos a glória na aparência e não no coração.
Eu, para não desagradar a alguém que me cercava de tudo o que o dinheiro podia comprar, deixei de matar a fome de muitos irmãos, com o meu supérfluo, com as sobras de alimentos que depois iriam para o lixo, onde muitos desafortunados matam a sua fome, pois, não queria contrariar o meu amado. O relacionamento acabou, sobrou-me muitos presentes: vestidos, sapatos, acessórios, etc. e, não tenho, ao menos, onde desfilá-los. Nem mesmo valem o preço que gastei e, muito menos pagam as dívidas que contraí para andar ao seu lado, "à sua altura". Ele é um profissional renomado e bem sucedido, porém, não me permitia doar nada a ninguém nas ruas, nem mesmo as sobras. Dizia-me que não tinha que alimentar os vícios dos outros. Eu ficava triste com sua atitude, não concordava, mas, aceitava. A minha vontade primeira era matar-lhes a fome, sem me importar com os motivos de estarem naquela situação. Iriam ou não se drogar, era com eles e Deus. Fazer o bem era com a minha consciência.
Contudo, a fraqueza moral que trazemos inerentes a alma, fez-me servir antes as paixões mundanas. Ainda com a alma em prantos neguei a Deus. Quando negamos um bem a um irmão, é a Deu a quem negamos. Não era espírita na ocasião, o que não justifica, mas, tinha em mim, apesar das minhas faltas, o desejo de caridade. Sempre acreditei que o que pensava e fazia era comigo e Deus. Lembro-me de quando, aos quinze anos, pela primeira vez, assisti um mendigo comendo restos do lixo, entrei em pranto convulsivo: Como pode um ser humano viver em condições tão desumanas? Eu queria mudar o mundo. Um amigo abraçou-me e, disse-me: "Você não pode sofrer assim. Como ele, existem muitos". Eu nunca havia visto algo tão deprimente assim. Então, doía-me sair do restaurante levando quentinhas com sobras de comidas e não poder ceder a quem, provavelmente, nada havia comido naquele dia, mas, eu neguei .... diversas vezes eu neguei, para não lhe contrariar.
Por que refletir sobre esse meu comportamento passado? Pensar no que sentia aos meus quinze anos de idade, e, comparar com as minhas atitudes de outrora? Porque eu não vivo, verdadeiramente, a essência da minha alma. Apesar de conhecer os Ensinamentos de Cristo e, trazer na alma o sentimento de compaixão, ainda encontro-me vacilante entre o bem e o mal. Será que agora posso afirmar que não mais serei tentada pelo supérfluo? O necessário me basta? Sou melhor hoje? Eu ainda não saberia responder com certeza a essas perguntas. Por isso a necessidade de vigilância e oração. Constantemente, pedimos provas que não somos capazes de vencê-las. Às vezes, relutamos não compreendendo porque Deus nos nega muito de nossos desejos. Tudo tem uma razão de ser e com certeza, é para um bem maior.
Por que refletir sobre esse meu comportamento passado? Pensar no que sentia aos meus quinze anos de idade, e, comparar com as minhas atitudes de outrora? Porque eu não vivo, verdadeiramente, a essência da minha alma. Apesar de conhecer os Ensinamentos de Cristo e, trazer na alma o sentimento de compaixão, ainda encontro-me vacilante entre o bem e o mal. Será que agora posso afirmar que não mais serei tentada pelo supérfluo? O necessário me basta? Sou melhor hoje? Eu ainda não saberia responder com certeza a essas perguntas. Por isso a necessidade de vigilância e oração. Constantemente, pedimos provas que não somos capazes de vencê-las. Às vezes, relutamos não compreendendo porque Deus nos nega muito de nossos desejos. Tudo tem uma razão de ser e com certeza, é para um bem maior.
Deixar de ir cantar no coral não foi uma casualidade. Tem explicação no Espiritismo, nos Ensinamentos do Evangelho, "os Espíritos influenciam muito mais na nossa vida do que imaginamos" (L.E.). Eu precisava ouvir aquelas mensagens, tanto no grupo de estudos, quanto no Evangelho do Lar, para perceber os meus erros e repará-los, tornando-me verdadeiramente cristã. "Conhece-se o verdadeiro espírita por seu esforço em melhorar-se". Somente se pode melhorar conhecendo as causas do sofrimento, e, isso só é possível através deste ensinamento: "Conhece-te a ti mesmo". A Doutrina Espírita faz-nos pensar sobre os nossos comportamentos pretéritos e atuais, convidando-nos a uma "reforma íntima". O Evangelho Segundo o Espiritismo torna a nossa fé cega em sabedoria, em fé raciocinada. Impulsiona-nos a conhecer o verdadeiro Mestre, Jesus, e segui-lo pelo amor. A maior riqueza é a instrução. Que Assim Seja!
Luz e Amor!
(Servir a Deus e a Mamon, cap. XVI; 1. O Evangelho Segundo o Espiritismo)
Boa tarde querida... sua postagens são lições inimaginaveis, que a mim tambem atingem. Basta saber ler e interpretar, entender e processar.
ResponderExcluirContinue com seu trabalho.
Grande beijo
Gevão
Boa noite, parei no seu blog depois de passar por um dor terrível, liguei para minhas irmã aos prantos, ela me disse: - Minha irmã, nada nessa vida é por acaso, eu estava em frente ao computador e joguei essa frase no google e caí no seu blogue, gratidão.
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