Em 11/07/15; às 9:00 hs.
A cada dia, convenço-me de que a reencarnação é mesmo uma terapia de auto-ajuda. Percebo com maior clareza de que a minha missão na Terra é antes comigo mesma: preciso reaprender a me amar. Somente depois de aprender a amar a si mesmo, torna-se possível cumprir a máxima deixada por Jesus Cristo: "Amarás o teu próximo, como a ti mesmo" (Mateus, 22: 39).
As pessoas, comumente, estão imbricadas em ajudar aos outros, isto, quando não se "metem" na vida dos outros, quase sempre com um propósito humanitarista, o de "salvador do mundo", quando não conseguem salvar nem a si mesmas. Todo mundo é bom dando conselho para os outros. A vaidade não lhes permite que vejam a verdadeira intenção contida em seu ato: ser a "boazinha", e, com isso, ser exaltada, elogiada ou prestigiada. Gandhi ensinava que "a nossa grandeza reside não tanto em sermos capazes de refazer o mundo, mas em sermos capazes de refazermos a nós mesmos". Se deseja melhorar o mundo, comece por si mesmo.
Ao longo de muitas das nossas existências fomos ouvindo da família, da igreja e da sociedade, que é preciso amar ao próximo, ajudar aos outros, agradar aos outros, esquecendo-se de si mesmo, como sendo isso a senha para se entrar nos Reinos dos Céus. Os nossos pais obrigavam-nos a isto quando eramos crianças, e os pais de nossos pais a eles: "menino, dê seu lugar para fulano"; "menino, deixe fulano brincar com seu brinquedo"; "menino, não me responda", ou seja, menino, não tenha voz, você não tem querer, e, ainda, colocavam medo em nossas mentes: "papai do céu castiga".
As religiões preconizavam o "amar ao próximo", deixando no esquecimento "como a si mesmo". E, nós repetimos o mesmo comportamento com os nossos filhos, quanto mais pessoas ajudar, maior é a recompensa no céu, enquanto nossa existência terrena vai se tornando um vazio. Madre Teresa de Calcutá mostrava a necessidade de ajudar, começando por si mesmo, ela dizia: "_ nunca se preocupe com número, ajude uma pessoa de cada vez e comece pela mais próxima, você". Isto não quer dizer que não se precise ajudar àquele que necessita, especialmente, se o seu coração lhe pede. Contudo, não é preciso se culpar, se o coração assim não desejar. E, nem se sentir responsável por todas dores do mundo, elas existem porque as pessoas, de alguma forma, precisam delas para se melhorar.
Amar a si mesmo tomou uma conotação de egoísmo, de algo ruim (pecado), quando, na verdade, amar a si mesmo não é egoísmo. Egoísmo é amor exagerado ao bem próprio, com desprezo ao dos outros (Dicionário da Língua Portuguesa). O amor exagerado é o amor que adoeceu, tornou-se apego, obstinação. Dessa forma, as pessoas foram se deixando de lado, meio que anulando a si mesmas, em busca de um lugar no céu, como se o céu fosse um lugar além de sua própria consciência. Isto decorrente das velhas crenças de que o céu estaria acima das nuvens, com anjinhos tocando harpas e, um velhinho de barbas branca aguardando sentado em um trono, com um cajado na mão para separar "bonzinhos" para um lado, e "maizinhos" para outro.
Com o propósito de sermos "bonzinhos" e "agradar" aos outros, e seguindo aos modelos que nos são impostos desde a infância, acabamos perdendo a nossa auto-estima, ou seja, perdemos o amor (estima) por si mesmo. Nunca é demais lembrar que, quem procura agradar deseja algo em troca, o que já demonstra que esse "agradar" não é um ato de amor. O amor não espera nada em troca, ele parte diretamente do coração livre de quaisquer interesses. O valor da ação está onde está o amor. Se a ação tem amor, então ela tem valor. Em outras palavras: se passo por cima do meus sentimentos para fazer qualquer coisa que seja, este ato não é de amor, é um sacrifício em detrimento de alguma recompensa imediata ou posterior, logo, não tem valor algum. O amor não pode significar sacrifício.
Ao longo de muitas das nossas existências fomos ouvindo da família, da igreja e da sociedade, que é preciso amar ao próximo, ajudar aos outros, agradar aos outros, esquecendo-se de si mesmo, como sendo isso a senha para se entrar nos Reinos dos Céus. Os nossos pais obrigavam-nos a isto quando eramos crianças, e os pais de nossos pais a eles: "menino, dê seu lugar para fulano"; "menino, deixe fulano brincar com seu brinquedo"; "menino, não me responda", ou seja, menino, não tenha voz, você não tem querer, e, ainda, colocavam medo em nossas mentes: "papai do céu castiga".
As religiões preconizavam o "amar ao próximo", deixando no esquecimento "como a si mesmo". E, nós repetimos o mesmo comportamento com os nossos filhos, quanto mais pessoas ajudar, maior é a recompensa no céu, enquanto nossa existência terrena vai se tornando um vazio. Madre Teresa de Calcutá mostrava a necessidade de ajudar, começando por si mesmo, ela dizia: "_ nunca se preocupe com número, ajude uma pessoa de cada vez e comece pela mais próxima, você". Isto não quer dizer que não se precise ajudar àquele que necessita, especialmente, se o seu coração lhe pede. Contudo, não é preciso se culpar, se o coração assim não desejar. E, nem se sentir responsável por todas dores do mundo, elas existem porque as pessoas, de alguma forma, precisam delas para se melhorar.
Amar a si mesmo tomou uma conotação de egoísmo, de algo ruim (pecado), quando, na verdade, amar a si mesmo não é egoísmo. Egoísmo é amor exagerado ao bem próprio, com desprezo ao dos outros (Dicionário da Língua Portuguesa). O amor exagerado é o amor que adoeceu, tornou-se apego, obstinação. Dessa forma, as pessoas foram se deixando de lado, meio que anulando a si mesmas, em busca de um lugar no céu, como se o céu fosse um lugar além de sua própria consciência. Isto decorrente das velhas crenças de que o céu estaria acima das nuvens, com anjinhos tocando harpas e, um velhinho de barbas branca aguardando sentado em um trono, com um cajado na mão para separar "bonzinhos" para um lado, e "maizinhos" para outro.
Com o propósito de sermos "bonzinhos" e "agradar" aos outros, e seguindo aos modelos que nos são impostos desde a infância, acabamos perdendo a nossa auto-estima, ou seja, perdemos o amor (estima) por si mesmo. Nunca é demais lembrar que, quem procura agradar deseja algo em troca, o que já demonstra que esse "agradar" não é um ato de amor. O amor não espera nada em troca, ele parte diretamente do coração livre de quaisquer interesses. O valor da ação está onde está o amor. Se a ação tem amor, então ela tem valor. Em outras palavras: se passo por cima do meus sentimentos para fazer qualquer coisa que seja, este ato não é de amor, é um sacrifício em detrimento de alguma recompensa imediata ou posterior, logo, não tem valor algum. O amor não pode significar sacrifício.
Eu não quero falar com "aquela pessoa chata" e sou obrigada, estou passando por cima dos meus sentimentos somente para parecer uma menina boazinha. Eu gosto do meu brinquedo e não quero dá-lo a ninguém e, sou obrigada a fazê-lo somente para agradar a alguém, e esse alguém não sou eu, estou passando por cima dos meus sentimentos. São gestos que parecem singelos e bastante educados, porém, ao longo do tempo vai revelando uma brutal crueldade para o Espírito que deixa, pouco a pouco, anular o que de melhor trás em si, que é a sua verdade.
O Espírito é coração, é quem sente. A mente é que pensa. O Espírito é consciência, está acima da mente, ele controla a mente. A mente é um aparelho onde as experiências foram impressas, ela carrega as impressões do mundo. Somente consegue se impor sobre a mente o Espírito evoluído, aquele que enxerga além da mente. Quanto mais se nega o Espírito, mais sofre-se, mais adoece-se, mais atrasa-se a vida (Espírito Calunga/GASPARETTO). O Espírito Calunga (2010) esclarece, ainda, que, quando o Espírito não consegue se libertar das impressões da mente, não enxerga mais nada além da mente, ele, ou desencarna ou reencarna, para poder abrir a mente e evoluir.
O pensamento é um atributo da Alma (L. E., item 89). Alma, conforme especifica Allan Kardec, no Livro dos Espíritos, é o Espírito reencarnado, que sem o corpo físico é apenas Espírito. Kardec faz esta distinção entre Espírito e Alma para designar Espírito encarnado e Espírito desencarnado, mas, a essência é a mesma. Deus é Inteligência Cósmica Universal. Os Espíritos são individualizações do princípio inteligente, como os corpos são individualizações do princípio material. É o princípio inteligente que lhes dá a faculdade de pensar (L. E., item 79) .
Segundo os Benfeitores Espirituais esclarecem, a inteligência é uma faculdade especial, própria de certas classes de seres orgânicos e que lhes dá, com o pensamento, a vontade de agir, a consciência de sua existência e de sua individualidade, assim como os meios de estabelecer intercâmbio com o mundo exterior e de prover às suas necessidades. A inteligência só pode se manifestar por meio da matéria, é própria de cada ser e constitui sua individualidade moral (L. E. item 71).
A mente segue aquilo que ela aprendeu: aprendeu ver o mundo; aprendeu ver as coisas. Segundo estudiosos da área, a mente é coletiva (astral) e estamos todos mergulhados nela, por isso, estamos conectados uns aos outros o tempo todo, pelos pensamentos, os mais diversos, aqueles que nos pegam até mesmo do nada, de repente, sem nem mesmo representar as lembranças de um passado, pensamentos que não são nossos e que não sabemos de onde surgem, os mais estranhos, são somente interferências que ocorrem por estarmos todos mergulhados em um mesmo fluido - o Fluido Cósmico Universal (FCU), por onde os nossos pensamentos, os mais íntimos, trafegam em ondas e se interconectam. Por isso, dizer: "ninguém está sozinho".
A vida é de acordo com a crença de cada um. Conforme estudos espíritas, quando reencarnamos, chegamos aqui sabendo a que viemos, somos Espíritos velhos em corpos de crianças, trazemos as nossas experiências adquiridas em existências passadas, mas, aos poucos, o Espírito vai perdendo a consciência de si mesmo, tornando-se criança. Alguns Espíritos, os mais adiantados, não se deixam levar por determinadas regras. Daí são chamados de "rebeldes", "geniosos", ninguém pode com eles. Muitas vezes, até parecem curvar-se às normas, mas, daqui para ali, estão imperiosos em seu Espírito, donos de si mesmos.
Outros acabam cedendo aos impulsos do mundo, levados pela cabeça (mente), que são formas adquiridas, esquecendo-se do que sentem, aceitam a tudo sem nada questionar, e, assim, passam toda uma existência sem fazer valer a sua reencarnação, porque se anulam o tempo todo. Fracassados, retornam a Pátria Espiritual a se lamentarem, pois, esqueceram a sua verdadeira missão na Terra: evoluir. Cada um é responsável por si, pelo seu próprio progresso. Nada mais têm a fazer, senão, aguardar uma outra oportunidade de reencarnação. A reencarnação tem por objetivo o aprimoramento moral e espiritual.
"Qual é aquele que, no fim do seu caminho, não lamenta ter adquirido muito tarde uma experiência que não pode mais aproveitar? Essa experiência tardia não ficará perdida; ele a aproveitará numa nova existência" (L. E., cap. IV, item 171)
A realidade que nos é apresentada pelas instituições (familiar, educacional e religiosa) nem sempre tem como base a verdade, muitas vezes, é baseada em crenças ou falsas crendices. De acordo com a parapsicóloga e palestrante espírita, Anete Guimarães (2015), a verdade é única. Não existe meia verdade, ela é absoluta e imutável, é perfeita porque não há mais o que acrescentar. Nós temos acesso ao conhecimento e não a verdade, devido a nossa imperfeição ainda não temos capacidade de conhecer a verdade. O conhecimento muda, da mesma forma que nós mudamos também.
Crença é alguma coisa que você supõe que seja verdade, mais não pode afirmar. As crenças podem ser falsas ou verdadeiras. Segundo Anete Guimarães esclarece, o conhecimento vem para justificar essas crenças, são as justificativas racionais desenvolvidas pela Filosofia, elas seguem as regras da racionalidade para fundamentar seus argumentos. Se você não sabe dizer o porque das coisas não é conhecimento, é apenas uma crença. Daí a necessidade do espírita estudar. A doutrina espírita é filosófica, está fundamentada em pensamentos lógicos, com justificativas racionais, com base cientifica e ética morais. O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, é filosófico científico, está lá no rosto do livro: "Filosofia Espiritualista".
A doutrina da reencarnação, isto é, aquela que admite para o homem várias existências sucessivas, é a única que responde à ideia que fazemos da justiça de Deus em relação aos homens colocados em uma condição moral inferior, a única que nos explica o futuro e fundamenta nossas esperanças, pois que oferece o meio de resgatar nossos erros através de novas provas. A razão indica essa doutrina e os Espíritos no-la ensinam (L. E., cap. IV, item 171).
Nestes dias em que tenho permanecido em casa, tenho meditado muito sobre "para quê" passar por toda essa situação. O quê a vida quer me mostrar? E, foi esta a resposta que obtive em sonhos: preciso olhar para mim, com a mesma admiração e respeito com que olho para todas as obras de Deus. De tanto seguir padrões de comportamentos, de tanto buscar ser a pessoa "ideal", para agradar, ser aceita e admirada, fruto do meu orgulho e vaidade, acabei deixando de ser "real", deixando que me levassem o melhor que havia em mim, eu mesma!
É preciso a solidão para ouvir o Deus que habita em cada um de nós. A solidão nada mais é, que o buraco deixado quando nos retiramos de nós mesmos, quando eu deixo de ser o que verdadeiramente sou. Em alguns casos, retirar-se do mundo lá fora, quase sempre cobrando que sejamos isto ou aquilo, e, onde acabamos representando papéis para satisfazer os anseios da sociedade, da família, dos amigos, ou seja, dos outros, é necessário para que possamos resgatar a nossa função no mundo.
Ser mãe, por exemplo, é uma função. Ser uma mãe extremosa, sem pecados, sem vícios, é representar um papel que assumimos porque aprendemos que toda mãe é sublime e, de tão sublime, não pode ser humana, real, precisa ser a mãe ideal. Ser filho é uma função, ser o filho perfeito é uma representação. Na Terra não há esta perfeição que gostamos de representar, e, que, por isso, cobramos também do outro que a represente. Tudo é um esforço em se melhorar, mas, é um esforço que não tem efeito, pois não é a nossa verdade.
No entanto, o amor não deixa de ser amor por conta de nossas falsas crenças. Ele permanece imutável, absoluto, perfeito, porque o amor é uma verdade. O amor é querer bem. O amor de uma mãe ciumenta não deixa de ser amor, e, nem representa um amor maior do que o de uma mãe menos ciumenta. O amor existe nas duas, apenas, elas têm comportamentos distintos em relação a este sentimento único, porque aprenderam diferente: uma é mais egoísta, porque aprendeu que amor é posse; a outra aprendeu que o amor liberta. O filho rebelde não deixa de amar por conta de sua birra. A revolta não está ligada a falta de amor, está associada a falta de educação do Espírito em manifestar este sentimento, mas o amor não deixa de existir. O nosso comportamento equivocado é um reflexo da nossa ignorância no bem.
É preciso, pois, aprender a educar o nosso comportamento, especialmente, para conosco. Deixar de representar papéis obsoletos, quebrar regras tão arraigadas em nossas crenças. Há muitas crenças que não são verdadeiras, e muitas verdades que não são aceitas. Em muitos casos, não são as coisas que precisam mudar, mas o nosso olhar sobre elas. O amor sendo absoluto, não precisa mudar, pois que, Deus é amor. A forma de se relacionar com o amor, devido as diversas interpretações que lhe fora dado, é que precisa ser revista. São os velhos conceitos, quase sempre de caráter religioso, que precisam se expandir, se abrir para uma nova consciência.
Como esclarece Anete Guimarães (2015), conceito não é o mesmo que definição. Conceito cada qual tem o seu, e precisa ser respeitado. Definição é exata, a coisa é como ela é, sem o que eu penso sobre ela, ela existe em si mesma. O conceito de espiritualista nada tem haver com religiosidade. Cada religião tem seu dogma, segue regras fundamentais e indiscutíveis. Ser espiritualista é reconhecer-se como Espírito. O Espírito existe em si mesmo, independente de regras, ele é único, individual (L. E.). A mediunidade não é uma faculdade especialmente dada para ajudar os outros, como alguns médiuns gostam de acreditar, a mediunidade é antes para ajudar o próprio médium a compreender a existência de um mundo além do plano físico, e evoluir espiritualmente. O médium, assim, não é nenhum ser especial, ele é um Espírito com muitas dívidas a serem resgatadas.
É desta forma que tenho reavaliado a minha existência terrena, diante da situação em que me coloquei na vida, com um olhar mais atento para comigo, sobre o que eu sou. Olho-me com maior compaixão, sem, com isso, colocar-me como eterna vítima. Colocar-se como vítima é aceitar-se como impotente diante da vida. Eu tenho poder sobre a minha vida, sobre as minhas decisões. Se assim não fosse, Deus não nos daria o livre-arbítrio. O livre-arbítrio é o nosso poder de escolhas, de posicionarmo-nos no mundo. Se tenho poder de me colocar em determinada situação, tenho, também, poder para retirar-me dela.
Mudar o que está fora de nada vai me adiantar, mesmo porque, a mudança precisa ser antes interna. A maneira como eu me coloco, me situo na vida, é como me projeto para o mundo, para minha realização. A nossa vida é uma projeção do que acreditamos ser, do nosso pensamento. Eu só posso me colocar no lugar certo, se me permito me conhecer na real, sem falsas ideias. Quando eu consigo me colocar como Espírito e agir soberano sobre a minha mente, tomando as rédias da minha vida, e conduzindo-a naquilo em que me toca, no que me faz sentir dono de mim.
Amar ao próximo é antes de tudo amar a si mesmo. Em outras palavras, eu só poderei realizar o meu amor ao próximo, quando torná-lo real em mim. Realidade é aquilo que se realiza, que se torna verdadeiro. Se o amor não for uma realidade em mim, eu não posso amar a ninguém, pois, ninguém dá o que não tem. Eu só posso dar aquilo que é meu, que existe em mim. Como posso amar ao meu semelhante, se não me amo e não me admiro naquilo que sou? Eu não posso admirar as maravilhas do Universo e esquecer que sou, também, obra do Criador, e que faço parte do Universo. Se tudo é belo e perfeito na criação divina, então, por que não me considerar belo e divino também, já que sou maravilha da criação? Por que me colocar para baixo? O ser humano é divino!
Eu, hoje, estou onde consegui chegar, dei o meu melhor, sou o melhor que pude ser, e estou feliz por ter chegado até aqui. Mais 24 horas! Quando dou o melhor de mim, e as coisas não se realizam como desejo, é a vontade de Deus se manifestando. "Nenhuma folha cai sem a permissão do Pai". Hoje compreendo que sou humana, perfeita nas minhas imperfeições. Sou única e não preciso seguir modelos para agradar nem família, nem marido, nem filho, nem sociedade, nem ninguém. Eu preciso do meu reconhecimento, da minha aceitação, do meu amor, e não mais entrar na crença do mundo. Aceitar a si mesmo como bom é humildade, é modéstia. No final, eu levarei comigo somente à mim mesma!
O Espírito só evolui quando é capaz de se libertar das impressões do mundo. É preciso limpar a mente, acreditar que a minha natureza é perfeita e maravilhosa. O meu melhor está dentro de mim. Se eu não me dou o melhor, o que eu posso oferecer de melhor para o mundo? Eu não sou ideal, isso é o que as pessoas querem que eu seja. Eu sou real e tenho compromisso comigo. Eu não quero o certo, o certo da minha cabeça não é o certo da minha alma. Eu tenho alma, eu sinto!
A verdadeira espiritualidade é a libertação do nosso Espírito, não é a religião, nem essas correntes rígidas cheias de puritanismo e ideologias medíocres. É preciso acreditar na perfeição de Deus, que tudo fez de belo, de bom, de grandioso no mundo, especialmente os seus filhos, suas criaturas. Eu sou força, eu sou luz, eu sou poder! Deus é perfeição em mim.
Quando eu conseguir me colocar ao meu lado, apoiando-me em qualquer situação, querendo-me bem, sem culpa ou revolta, sem mais me maltratar, sem mais me colocar para baixo, para seguir o que os outros determinam como certo, fazendo uma vida de horror para mim, de sofrimento desnecessário, compreendendo que ninguém é igual, que os caminhos não são iguais. Então, assim, terei evoluído, e poderei realizar esse amor destinado aos Espíritos puros, e que Jesus nos ensinou: "Amarás o teu próximo, como a ti mesmo". Que Assim Seja!
Luz e Amor!
"Por que vês tu, pois, o argueiro no olho do teu irmão, e não vês a trave no teu olho? Ou como dizes ao teu irmão: Deixa-me tirar-te do teu olho o arqueiro, quando tens no teu uma trave? Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho, e então verá como hás de tirar o argueiro do olho de teu irmão" (Mateus, VII: 3-5).
(Bem-Aventurado os Misericordiosos, cap. X; 9. O Evangelho Segundo o Espiritismo).
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"(...) Quem se faz instrutor deve valorizar o ensino aplicando-o em si próprio" (Joanna de Ângelis.