sábado, 5 de janeiro de 2013

"O ouvido que escuta é irmão da boca que fala"



Em 05-01-2013, às 00h e 32min.

"Porque, do que está cheio o coração, disso é que fala a boca" (Lucas, VI; 43-45). Mas, nem sempre a boca revela o que no íntimo do coração se guarda. Nem todos os sentimentos contidos numa palavra são puros e verdadeiros. Devemos, pois, estarmos atentos àqueles que, solidariamente, ao abraçar-nos, trazem dentro de si, velado, o sentimento da vingança, da inveja, da cobiça e da intolerância. "Nem todos aqueles que me dizem: Senhor, Senhor, entrarão no reino do céu" (Jesus). Jesus já nos alertava da importância de "Vigiar e Orar". Muitos se dirão profetas. Muitos se farão missionários do Senhor. Muitos se dirão Cristo. Não se deixe enganar pelos ouvidos, antes, estuda cada palavra e ato para conhecer de qual coração transborda.  

"E porque me chamais, Senhor, Senhor, e não fazeis o que eu digo?" (Jesus).

Espíritas, lembrai, o primeiro ensinamento: "Amar", o segundo ensinamento: "Instruí-vos". Amar é olhar para si mesmo, vendo-se como um ser imperfeito e, por isso, sujeito a erros. Praticar sempre o auto-perdão, isso é amar-se a si mesmo, e daí, perdoar aos seus semelhantes. Quem não sabe se auto-perdoar cairá facilmente no poder dos inimigos. Os inimigos das trevas aproveitam-se das nossas fraquezas do passado, para convercer-nos a desistir da nossa jornada na Seara Espírita Cristã, incultindo-nos à culpa e o remorso. Reconhecer-nos humanos, aceitando humildemente as nossas imperfeições, eleva nossa alma à Deus. E, estando perto de Deus, nenhum mal nos alcança. Sentimentos negativos faz-nos vibrar em ondas umbralinas.

A fé em Deus, porém, não deve ser uma fé cega, e sim, uma fé raciocionada, fundamentada nos Ensinamentos deixados por vosso Filho, nosso Senhor, Jesus Cristo. Esta fé raciocinada é inabalável, pois, está pautada no raciocínio lógico, na coerência da razão. Às cegas, caminha-se na escuridão, tornando-se alvo fácil dos senhores das trevas, podendo, então, facilmente ser abduzido pelas  falsas palavras que soam como verdades, mas, que guardam no seu intímo toda a maldade de espíritos perversos: encarnados e desencarnados. Há espíritos maliciosos e não maldosos (zombeteiros), os quais brincam e divertem-se com os nossos medos, sem causar prejuízos maiores, e, há espíritos maldosos, que inspiram o sofrimento e o fracasso.

"O ouvido que escuta é irmão da boca que fala" (Emmanuel). Assim sendo, quem escuta é tão responsável quanto quem pronuncia. Não precisamos ouvir aquilo que não nos eleva a alma, muito menos, absorver. Muito menos, ainda, passar adiante. Escutar comentários maliciosos e perniciosos é fortalecer a mais cruel de todas as vicissitudes: a malediscência e, assim, negar a maior de todas as virtudes: a indulgência.

A maledicência é a causa maior de toda instabilidade das coisas. A maledicência, a exemplo de qualquer outra droga, vicía e degenera o homem, destruindo-lhe sua integridade física e moral. Essa degeneração estando registrada no seu corpo perispiritual é facilmente reconhecida por inimigos espirituais, que conhecendo suas fraquezas sabem muito bem onde atingí-lo. O homem íntegro não se deixa envenenar por mal dizeres, cortando-lhe o mal pela raíz: "Não pode a árvore boa dar maus frutos, nem a árvore má dar bons frutos. Toda árvore que não dá bons frutos será cortada e lançada no fogo. Assim, pois, pelos seus frutos os conhecereis" (Mateus, VII; 15-20). Que Assim Seja!

Luz e Amor!




"Mas aí daquele por quem vem o escândalo: quer dizer que o mal sendo sempre o mal, aquele que serviu, sem o saber, de instrumento para a justiça divina, sendo utilizados os seus maus instintos, nem por isso deixou de fazer o mal, e deve ser punido. É assim, por exemplo, que um filho ingrato é uma punição ou uma prova para o pai que o suporta, porque esse pai talvez tenha sido um mau filho, que fez sofrer o seu pai, e agora sofre a pena de talião. Mas o filho não terá desculpas por isso, e deverá ser castigado por sua vez, através dos seus próprios filhos ou de outra maneira". (Bem-Aventurados os Puros de Coração, cap. VIII; 16. O Evangelho Segundo o Espiritismo)



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"(...) Quem se faz instrutor deve valorizar o ensino aplicando-o em si próprio" (Joanna de Ângelis.