segunda-feira, 18 de março de 2013

Da reencarnação a velhice: o compromisso com nossos pais



 "o jovem de hoje, pelas determinações biológicas do Planeta, será o velho de amanhã; e o ancião de agora, pela lei sublime da reencarnação, será o moço do futuro" (André Luiz)


Em 17-03-2013, às 15hs.

Drª. Anete Guimarães (psicóloga e parapsicóloga), em sua palestra “Reencarnação”, mostra que na reencarnação o Espírito nasce adulto e lúcido, com a consciência de si mesmo, ele apenas dorme. Durante a primeira infância, o Espírito passa mais tempo de sua vida no mundo espiritual, e, somente após está fase, ele perde a consciência de si e adquire a consciência de criança, passando o se integrar mais ao mundo físico. 

André Luiz coloca que a reencarnação começa com a fecundação e se completa aos sete anos de idade. Na fecundação o Espírito está ligado ao corpo por uma única célula, a célula mãe ou “óvulo” fecundado, que vai se dividindo pouco a pouco, formando milhares de células que vão se ligando ao corpo. A reencarnação se completa somente aos sete anos de idade, quando biologicamente todas as células orgânicas estão completas, período em que se inicia a sexualidade. Na reencarnação o Espírito nasce adulto, é o que comprova os estudos espíritas. Quando um vidente vê um espírito reencarnando, o vidente o vê uma "pessoa adulta", um espírito adulto. De acordo com a palestrante, Divaldo Franco é um exemplo de vidente que confirma essas aparições.

Conforme apresenta  Drª. Anete Guimarães, o recém nascido fica acordado cerca de 2 a 3 horas, significa dizer que ele está mais ligado ao mundo espiritual. Aos seis meses o bêbe dorme em média 14hs. Aos três anos diminui para 12hs. Dos três aos sete anos dorme, aproximadamente, 10hs/12hs. Nesse período, a maior parte da vida do Espírito é no mundo espiritual. Gradualmente ele vai se ligando ao corpo orgânico e se integrando ao mundo físico. A partir dos sete anos de idade dorme até 8hs, isso porque "o cérebro entra em atividade e exige a atividade do perispírito". Na idade adulta começa a diminuir, 

A criança, dos três aos sete anos de idade, começa a perder a consciência passada e adquire a consciência presente, ou seja, perde a noção de si mesmo, como Espírito adulto, e passa a adquirir a noção de criança. Uma prova disso, coloca Drª. Anete Guimarães, são as “memórias espontâneas”, crianças de três anos de idade lembram de existência passada, por volta dos cinco anos de idade começa a desaparecer, é quando o Espírito perde a consciência de si mesmo e começa a ser criança. Um bêbe reencarnado, até 3-4 anos de idade, é na verdade um Espírito adulto lúcido que guarda lembranças do que vive, ouve e sente e, reage como um adulto. “Quando se coloca um bêbe em um ambiente hostil, quem recebe a hostilidade é o Espírito adulto e os adultos costumam a reagir muito mal”,  o que explica muitos transtornos mentais e certos comportamentos, como o de rejeição da criança pela mãe. 

Como explica Drª. Anete Guimarães, quando o bebê é rejeitado, o Espírito adulto entende a rejeição, ele escuta o que a mãe está dizendo: “eu não quero você”, “você é um estorvo”, dependendo do grau evolutivo do Espírito, ele pode ou não assimilar esse ódio. Reencarnar é um processo muito difícil para o Espírito, ele é completamente indefeso apesar de lúcido e nada pode fazer diante do ambiente hostil.

Contudo, o transtorno é do Espírito, conforme coloca Drª. Anete. Os pais podem atenuar ou agravar o problema, mas, o agente responsável pelo seu transtorno é o próprio Espírito. A mãe é co-responsável. "Muitas, em vez de expulsar por meio da educação os maus princípios inatos, entretem e desenvolvem esses princípios, por descuido ou por fraqueza da qual é culpada" (E.S.E., cap. XIV; 9). Se o Espírito tiver algum grau de evolução não irá assimilar esse ódio, ele vai perdoar e buscar conquistar esse amor. Tudo vai depender do potencial que trás esse Espírito. Como exemplo, cita Chico Xavier, que sofreu toda forma de rejeição, pobreza e, no entanto, não se deixou contaminar pelo ambiente hostil, devido a sua evolução espiritual. Jesus é o maior de todos os exemplos, nasceu pobre, foi hostilizado e deixou como Ensinamento "Amai-vos uns aos outros, como eu vos amei". O Espírito tem sempre a opção de amar ou odiar de acordo com a sua evolução moral. 

“O corpo procede do corpo, mas o Espírito não procede do Espírito, porque este já existia antes do corpo. O pai não gera o Espírito do filho: fornece-lhe apenas o envoltório corporal, mas deve ajudar seu desenvolvimento intelectual e moral, para fazê-lo progredir” (E.S.E., cap. XIV; 8). Quando encarnamos, recebemos uma carga de fluidos vital (fluido da vida). A quantidade de fluido vital não é igual para todos os seres orgânicos. Isso dependerá da necessidade reencarnatória de cada um. Quando a quantidade do fluido vital se esgota, então, morre o corpo orgânico (L. E., questão 68-70). No instante da morte, o Espírito deixa o corpo que o abrigou momentaneamente e “retorna ao mundo dos Espíritos” (L. E. questão 149).   

Como explica André Luiz, "infância, juventude, madureza e velhice são simples fases da experiência material". Envelhecer representa para o Espírito a fase reversa da reencarnação. Diante da senilidade, o Espírito perde a lucidez e não se percebe Espírito como se percebia no momento da reencarnação. "A velhice, pois, como índice de senilidade improdutiva ou enfermiça, constitui, portanto, apenas um estado provisório da mente que desistiu de aprender e de progredir nos quadros de luta redentora e santificante que o mundo nos oferece" (André Luiz). Cabe ao filho, nesse momento, como prova de progresso espiritual, ampará-lo em sua velhice e assegurá-lo de um egresso feliz à Pátria Espiritual. É necessário, portanto, a compreensão de que "o jovem de hoje, pelas determinações biológicas do Planeta, será o velho de amanhã; e o ancião de agora, pela lei sublime da reencarnação, será o moço do futuro" (André Luiz, do livro "Correio Fraterno", Francisco Cândido Xavier).




Eis um dos mandamentos da Lei de Deus: "Honra a teu pai e a tua mãe” (E.S.E., cap. XIV; 3). Deus coloca no imperativo o dever que temos para com os nossos pais. O dever de gratidão, de piedade filial, de respeito, de obediência e de condescendência, ou seja, temos a obrigação da caridade, de maneira ainda mais rigorosa, para com eles. Devemos assisti-los em suas necessidades na velhice, cercando-os de solicitude, como eles por nós fizeram na infância. A missão dos pais é educar os filhos, educar os Espíritos. Aos pais que não conseguiram cumprir com a missão destinada a eles, por Deus, somente compete ao Senhor, julgá-los e puni-los. O nosso dever para com Deus é o amor ao próximo, e, não há ninguém mais próximo de nós que os nossos pais. Se devemos ser indulgentes com os nossos inimigos, essa obrigação se faz ainda maior com os nossos pais. Compreender as suas faltas é ser indulgentes com eles. Certos comportamentos, que para nós não representam sequer uma falta, aos olhos de Deus são crimes, e, um deles é a ingratidão dos filhos para com os pais, especialmente na velhice. 

A Terra é um espaço para se progredir. A hostilidade vem, muitas vezes, de existências passadas. Os Espíritos podem se reunir numa mesma família como prova, “o contato incessante dos seres que ele odiou é uma prova terrível, da qual às vezes sucumbe, se a sua vontade não for bastante forte (...) segundo a boa ou má resolução que prevalecer, ele será amigo ou o inimigo daqueles em cujo meio foi chamado a viver” (E.S.E., cap. XIV; 9). A resposta que o Espírito dá ao comportamento hostil dos pais ou ambiente depende do seu grau evolutivo. Então, não cabe aos filhos culpa-los por seus desajustes. Acreditar-se perfeito é uma imperfeição do Espírito, faz parte do orgulho e o orgulho é contrário à caridade. Antes de cobrar do outro qualidades, olhe para si e veja se as tem. Que Assim Seja!

Luz e Amor! 


"Então lhe apresentaram uns meninos para que os tocasse, mas os discípulos ameaçavam os que lho apresentavam. O que, vendo Jesus, levou-o muito a mal, e disse-lhes: Deixai vir a mim os pequeninos, e não os embaraceis, porque o Reino de Deus é daqueles que se lhes assemelham. Em verdade vos digo que todo aquele que não receber o Reino de Deus como uma criança, não entrará nele. E abraçando-os, e pondo as mãos sobre eles, os abençoava" (Marcos, X; 13-16)
 (Bem-Aventurados os Puros de Coração, cap. VIII; 2. O Evangelho Segundo O Espiritismo)


sexta-feira, 15 de março de 2013

Auto-Cura



Em 15-03-2013, às 20hs

Estou vagando na vida como se arrastada. Minha mente parece-me tão confusa, uma perturbação no meu ser. Não sei o rumo que seguir, perdi o leme da vida. Estou como barco à deriva, longe de saber onde aportar. Encontro-me perdida em meus pensamentos que já não são somente meus, misturam-se com vozes que ecoam no espaço vazio da minha mente. Angustio-me.

O vazio, a solidão, e, a minha vida segue à deriva sem onde chegar. Estou vagando pelas sombras da minha consciência a procura de alguém e esse alguém sou eu. Quando me perdi?  Busco respostas. Esquizofrenia? Não sei. Estou tão distante de mim que já não conheço o meu próprio mundo interior, então, como me encontrar no mundo aqui fora? Busco o socorro, o auxílio e o exílio para minha alma, refugio-me de mim mesma, com medo de descobrir-me e aumentar as minhas já existentes frustrações. Mas, onde está o socorro para minhas aflições? Eu não sei nem mesmo onde encontrar de tão confusa e perdida, em mim, que me encontro.

O ressentimento e mágoa disfarçados com um sorriso brando, não permite revelar a mesquinhez que habita um coração mediócre, porém, não a apaga. Palavras mordazes, muitas vezes, contidas no âmago do ser, silencia-se, mas não cessa o amargor da vingança que alimenta o espírito. Abraços fervorosos no calor do reencontro são, muitas vezes, duas serpentes peçonhentas destilando dardos mortais disfarçados em antídoto, aniquilando o que restou do perdão. A culpa, o remorso, que preenche esses corpos são causas da auto-obsessão, das quais os inimigos, encarnados e desencarnados aproveitam-se para intensificar o sofrimento e dominar, de vez por toda, a alma humana.

Obsessão, teu nome é culpa! A culpa cria circunstâncias para o remorso e o sofrimento e abre a porta para a obsessão. É preciso, pois, arrepender-se e fazer todo o possível para reparar o mal. Para isso, pedir perdão não basta, é preciso também se auto-perdoar. Ser indulgente para consigo mesmo, "aquele que está sem pecado lhe atire a primeira pedra" (Jesus). Para se autodesobsediar é  preciso acolher-se a si mesmo com amor.

A cura da obsessão está em se autoconhecer e se auto-perdoar. Eu só posso curar o Espírito se me permito conhecer o que me aflige a alma.  A alma é o espírito reencarnado, e o Espírito é a criação divina com várias existências, logo, cheio de experiências passadas, que muitos dizem "vidas passadas". Assim sendo, como ensina Joanna de Ângelis, "somos todo emoções". A vida para o Espírito é única, e a reencarnação na Terra são as várias etapas de sua existência para a sua evolução. Nestes vários estágios reencarnatórios, muitas vezes, ferimos, matamos, comemos, odiamos, destruímos nossos semelhantes,  desarmonizando a essência da vida que habita em nós, o amor. O amor é a essência da vida. O amor é Deus. Tudo no universo vive em perfeita harmonia, menos o homem, por seu orgulho, egoísmo e vaidade, que lhe corrompem a alma e o desequilibra.

Quando Jesus ensinou que deve prevalecer em nossas vidas não o costume antigo, a lei do "olho por olho e dente por dente", Ele procurou mostrar que quem se submete a essa lei, fica, como hoje encontra-se a humanidade, cego. Para romper esse ciclo violento é necessário que se faça diferente dos espíritos perversos, para não se tornar igual a eles. Para que espíritos perversos realizem as reações de ódio, amargura, ressentimento, vingança é preciso que o outro se torne assim, e, para tornar-se igual tem que se deixar dominar por ele, de forma que o outro fique com a sua natureza. Para que espíritos perversos não dominem  é preciso fazer o contrário, doar energia de amor e liberdade. "Vós tendes ouvido o que se disse: olho por olho e dente por dente. Eu, porém, digo-vos que não resistais ao mal; mas se alguém te ferir na tua face direita, oferece-lhe também a outra"  ( E.S.E., cap. XII; 7). Para não se converter em inimigo é preciso se converter ao Evangelho de Jesus.

"A felicidade não é uma estação onde chegamos, mas uma maneira de viajar" (Margaret Lee). A felicidade está na forma como o homem lida com os problemas, com as frustrações. Todo ser humano tem problemas e para vencê-los é preciso intensificar esforços. A frustração é uma energia poderosa, é possível transformá-la em energia criativa, transformando o pensamento. Muitas vezes é necessário mudar os objetivos, nem tudo pode ser como desejamos, ou no momento em que buscamos, um dia se chega lá. Sonhos são construções, sempre podemos desconstruir sonhos e traçar novas metas a partir das frustraçõesComo bem colocou Emmanuel, "mudanças equivalem a tratamento da alma", e, admitir que se tem problemas é o primeiro passo para mudar. Segundo um pensamento árabe: "Ninguém pode prejudicar você a não ser você mesmo. Ninguém pode mudar você a não ser você mesmo".
    
Nós somos a causa dos nossos problemas. Não podemos mudar o que está ao nosso redor, só podemos mudar o que está em nós mesmos, por isso, é necessário analisar o  problema e, analisar como nos sentimos diante do problema, a causa está dentro de nós. O outro pode influenciar ou até ajudar no nosso problema, mas, depende de nós como receber, aceitar e lidar com esses problemas. "Na vida, muita gente pode nos estender a mão, mas, a única pessoa que pode fazer algo por nós somos nós mesmos". É preciso perceber o que se está sentindo para poder curar-se, pensar os motivos da aflição. Não saber o que se está sentindo é um problema muito grave. É passar pela vida sem nunca enxergar o por que de não se ser feliz. O Espiritismo foi dado ao homem como meio de auto conhecer, se auto esclarecer. Não é para melhorar o outro fora de nós, mas, o outro que está em nós mesmos: "um cego não guia o outro".

Qual é o meio prático e mais eficaz para se melhorar nesta vida, e resistir aos arrastamento do mal? (L.E., questão 919). "Conhece-te a ti mesmo". Os Espíritos não diz que é Jesus, nem fazer o bem, nem rezar. Para alcançar a felicidade, não sofrer, é preciso antes se conhecer para mudar. Como fazer isso? Revela Santo Agostinho, no Livro dos Espíritos, questão 919, cap. XII, "Fazei o que eu fazia de minha vida sobre a Terra: ao fim da jornada, eu interrogava minha consciência, passava em revisa o que fizera, e me perguntava se não faltara algum dever, se ninguém tinha nada a se lamentar de mim. Foi assim que consegui me conhecer e ver o que havia para reformar em mim". É a reforma íntima que trás a felicidade. Deus não quer que ninguém viva em sofrimento, Ele deseja a transformação do Espírito. Para ser feliz é preciso mudar e para mudar é necessária vontade firme, e, vontade firme significa coragem. Se não se tem coragem, não se faz as perguntas certas e não se permite se conhecer. É preciso, pois, auto-confiança, porque aquele que não confia em si mesmo, jamais se interrogará no íntimo, pois que, faltará coragem para se reconhecer.

A auto-imagem negativa é incompatível com a felicidade. A felicidade bate-lhe a porta, mas, ela não abre, devido as imagens negativas absorvidas. Todos trazemos tendência a negatividade, o que diferencia é o grau dessas tendências ao pensamento negativo. Lutar contra não é a solução, é preciso reeducar os pensamentos.

Como conseguir melhorar a nossa auto-imagem? Jesus já ensinava antes do Espiritismo - " Fora da Caridade não há Salvação". Quando se começa a fazer algo de bom para o outro, começa-se a se perceber como melhor, e, torna-se melhor, então, tudo muda na sua vida, porque tudo na vida é reflexo do que somos. A vida muda não pela vontade dos Espíritos, nem por encantamento, mas, porque você buscou mudar internamente. A proposta do Espiritismo, segundo Emmanuel, é através do consciente nos resgatar do inconsciente. O trabalho na Casa Espírita ajuda a desenvolver a auto-estima, a partir do momento que possibilita que se trabalhe para o próximo. No auxílio ao outro, aos poucos vai se percebendo o amor que existe em cada um de nós. Percebemos que podemos nos modificar sendo melhor com o outro. Sendo melhor com o outro somos melhores conosco. Esse é o propósito de Jesus e da Doutrina Espírita, melhorar-se a partir da caridade do amor de si mesmo e ao próximo. Que Assim Seja!

Luz e Amor!



"Se o amor ao próximo é o princípio da caridade, amar aos inimigos é a sua aplicação sublime, porque essa virtude constitui uma das maiores vitórias conquistadas sobre o egoismo e o orgulho" (Amai os Vossos Inimigos, cap. XII; 3. O Evangelho Segundo o Espiritismo).



domingo, 10 de março de 2013

A Lei do Amor





Em 10-03-2013, às 8h e 49min.

O amor é de Deus. O ser humano, do mais elevado ao mais simples, trás latente o germe do amor em seu coração. Mesmo os homens mais cruéis, criminosos, os mais endurecidos possui esse sentimento dentro de si que supera todas as suas vicissitudes, muitas vezes, o amor é tanto que chega a altura do sublime: o amor por uma planta, por um animal, ou mesmo por um objeto, que possui um valor sentimental, são tesouros que lhe preenche o coração.

São normalmente pessoas a se lamentarem da humanidade, que deixaram de acreditar no seu semelhante e rebaixam a lei do amor à condição de instinto. Devemos sim, amar todas as coisas criadas por Deus para o nosso desenvolvimento espiritual. Animais, plantas e objetos são recursos da Divindade para ajudar no progresso da humanidade. Ajuda o homem a passar dos instintos para o ser inteligente. O Espírito é inteligência porque emana dos fluídos de Deus, que é “Inteligência Cósmica Universal”. Todos os homens, sem distinção, bons ou perversos, obedecendo ao amor ou ainda levados pelo instinto, todos somos filhos de um mesmo Pai, que é Deus. A humanidade, assim, se constitui em uma grande família espiritual, a família universal. O efeito da lei do amor é a evolução moral da raça humana e a felicidade em sua permanência na vida terrena.

Amar a todas as criaturas e cuidar das coisas inanimadas sobre a Terra ajuda o homem a desenvolver o amor escondido em seu coração, pois que, Deus deseja que todas as sementes dêem bons frutos e, ainda é um dever do homem sobre a terra, visto que somos administradores dos bens terrenos. Então, a tudo devemos amar e cuidar para que nada falte àqueles que ainda virão habitar no orbe terrestre. Essa afeição, ainda que instintiva, contribui para que o homem desenvolva-se em moral e inteligência. Mas, esse não é o germe que Deus depositou em seus corações, no ato da criação. A lei do amor é para com o semelhante. “Amai ao próximo como a si mesmo”. A lei do amor é a caridade pura.

Rejeitar a humanidade, afeiçoando-se tão somente àqueles que fazem parte do seu círculo familiar e de amigos é tornar-se, por meio desse afeto, um ser egoísta. Para se alcançar o amor que Deus deseja é necessário, aos poucos e sem distinção, amar a todos os irmãos. A lei do amor é o maior de todos os ensinamentos deixado por Jesus. “Amai-vos uns aos o outros como eu vos amei”, é seguindo esse ensinamento, deixado pelo Mestre maior, que o amor recíproco, próprio dos Espíritos adiantados, fará com que a Terra deixe de ser um planeta de exílio e provas e, transforme-se no plano de regeneração, onde Espíritos Evoluídos compartilham e aguardam as alegrias do mundo purificado, reflexo da lei sublime.

Acreditar na esterilidade e no endurecimento do coração humano é não acreditar no amor soberano. O amor Divino é tão profundo e fecundo que não há coração que um dia não se abra para que ele desabroche e se desenvolva. Para se conquistar esses corações é necessário o amor desinteressado de qualquer natureza. Somente um coração puro pode atingi-los. Esse amor pode ser revestido de preces. A prece sincera chega aos Bons Espíritos que se encarregam de levá-las a Deus. E não há pedido puro que Deus não atenda segundo os seus propósitos e necessidades, pois que, tudo em Deus há um objetivo.  Os mais rebeldes e os mais viciosos necessitam da prece sincera, como auxílio para sua transformação íntima. A oração é um forte aliado no socorro dos desesperados. Orar é interceder pelos mais fracos, é caridade com o semelhante. “Não façais aos outros o que não quereis que os outros vos façam, mas fazei, pelo contrário, todo o bem que puderdes” (Jesus). Que Assim Seja!

Luz e Amor!


 “O egoísmo, esta chaga da humanidade, deve desaparecer da Terra, porque impede o seu progresso moral”. (Amar ao próximo como a si mesmo, cap. XI; 11. O Evangelho Segundo o Espiritismo)

sábado, 9 de março de 2013

FELIZ ÀQUELE QUE CRÊ

                               


Em 03-03-2013, às 21hs.


"Eu creio Senhor! Ajuda a minha incredulidade!" (Marcos 9; 24).

Venho rogando ao Senhor meu Deus, que me ajude a crer nos ouvidos que me guia, nos olhos que me ilumina e nas palavras que me empresta para que sejam disseminados os Vossos Ensinamentos entre os meus irmãos. Crer nas palavras que não são minhas, pois que, não falo por mim, mas as trago em mim. Gostaria de ocultar-me, porém, o tempo chegou em que o testemunho faz-se necessário. Não posso mais negar o que os meus ouvidos escutam, os meus olhos vêem e que não falam pela minha boca, pois que, sou tão somente instrumento na Seara Divina.

"Aproximam-se os tempos, ainda uma vez vos digo, em que a grande fraternidade reinará sobre o globo. Será a lei de Cristo a que regerá os homens: somente ela será freio e esperança, e conduzirá as almas às moradas dos bem-aventurados. Amai-vos, pois, como os filhos de um mesmo pai; não façais diferenças entre vós e os infelizes, porque Deus deseja que todos sejam iguais; não desprezeis a ninguém" (E. S. E. "Amar ao próximo como a si mesmo", cap. XI; 14)

"Amai-vos uns aos outros como eu vos amei" (Jesus).

O orgulho e a vaidade impedem mover-nos para a vida. E o que é a vida? A vida é Deus. Vida é movimento, nada que é vivo permanece na inércia e o segredo da vida está nas mãos de Deus, o criador. Aquele que permanece estático encontra-se sem vida. O Espírito pode até estacionar, se essa for a sua vontade, mas, a lei do amor é a evolução, e, para evoluir é preciso mover-se, no sentido de servir. Servir desperta-nos para o amor e o amor é Deus. Sendo Deus amor, então, devemos amar uns aos outros, pois que, Deus habita em nós: Vós sois deuses”, disse o Mestre de Nazaré, referindo-se à nossa condição de seres imortais. “Podeis fazer tudo que faço e muito mais” Recordamos-lhe a vida e o vemos andando pelas estradas, atendendo o povo, sem cansaço.

"Sem a evolução do ser pensante, a existência de uma vida terrena seria uma crueldade sem objetivo". O objetivo de se reencarnar na Terra é evoluir.  Evoluir para voltarmos ao Pai Celestial como Espíritos Puros que somos. "Somos" espíritos bons, "estamos" espíritos maus, porque deixamos de amar pelo nosso orgulho. Eis que aqui estamos, no mundo de oportunidades de regeneração, unicamente, para aprendermos a amar. Se tivéssemos aprendido a amar, seriamos Espíritos Puros e, não mais precisaríamos de outras leis. Amar é conhecer a Deus. Deus vive em nós, colocou-nos o princípio vital que nos liga a Ele.

Crer é colocar Deus em nossa vida e, nas dificuldades deixar Deus nos guiar. "Por mim eu quero com Deus eu posso". Sou capaz porque Deus está me conduzindo. "Eu sou contigo" disse Jesus. Deus nos amou de tal forma, que nos entregou o Vosso diletissímo Filho Jesus e, tudo mais com Ele. Em qualquer situação podemos contar com o vosso auxílio. Os problemas não surgem para o nosso desânimo, mas, para que possamos mudar o sentido da nossa vida. "Mudanças equivalem a tratamento da alma" (Emmanuel).

O tempo é o melhor conselheiro. Tudo só acontece no seu próprio tempo, e, como tudo no Universo, o tempo pertence a Deus. Nada acontece que não seja no tempo de Deus. Até mesmo Jesus, o Salvador, obedeceu ao seu tempo: "Ainda não é chegado o meu tempo, mas, o Vosso tempo sempre está pronto" (N. T., João, cap. 7). "Deus não quer abrir-lhe os olhos à força, pois que eles gostam de ter os olhos fechados. Chegará a sua vez, mas antes é necessário que sintam as angústias das trevas e reconheçam Deus" (E. S. E., cap. VII; 9)

Deus derrama luz por toda a parte, a revelação vem para todos, apenas alguns, por orgulho e vaidade, acreditando saber mais que Deus, a rejeitam. Para aqueles que a incredulidade se faz presente, Deus emprega os recursos que lhe convém, segundo cada indivíduo. Não é Deus quem tem que nos convencer de coisa alguma, ou, como encantamento, tornar-nos crentes aos seus Ensinamentos, mas, são as coisas, no tempo certo que se farão crer, da forma como for necessário e de acordo com o que convém ao Pai. "Ele ouve os que o buscam com simplicidade e humildade, mas é pelos tormentos da incredulidade que os orgulhosos atirar-se-ão por si mesmos em seus braços paternos e lhe pedirão perdão".

Os Espíritos também não estão aqui para convencer ninguém àquilo que não crêem. Estão para auxiliar aqueles que, mesmo sem ver, crêem e buscam fazer o bem. Os Espíritos Protetores não são nossas "babás", estão a serviço de Deus e tudo faz segundo a ordem de Deus, segundo a lei do amor. (L. E., questão 495).

"Não se apresenta a luz a um cego, é preciso antes curar-lhe o mal". É preciso  aprender a amar a Deus e amar a Deus é conhecê-lo. Deus não tem pressa e dá a cada um o tempo e o meio necessário para aprender o amor. Reencarnar na Terra é uma oportunidade para se aprender esse amor: "Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo". Aquele que aprendeu verdadeiramente a amar não tem mais orgulho, e por isso já não se acredita superior aos seus semelhantes, mas, reconhece-se como ser imperfeito a caminho da evolução moral, através da Lei do Amor. Aquele que aprendeu a amar aprendeu a crer na existência de um Deus soberanamente bom e justo, porque Deus é amor,  e, o amor é o remédio para a nossa incredulidade. Que Assim Seja!

Luz e Amor!


"A incredulidade se diverte com está máxima: Bem-Aventurados os Pobres de Espírito, como com muitas outras coisas que não compreende. Por pobre de espírito, entretanto, Jesus não entende os tolos, mas os humilde, e diz que o Reino dos Céus é desses e não dos orgulhosos"
(Bem-Aventurados os Pobres de Espírito", cap. VII, 2. O Evangelho Segundo o Espiritismo)